sábado, 19 de janeiro de 2013

Janaúba - Enfim uma boa novidade na política norte-mineira

“A prefeitura irá focar nas prioridades – como a saúde, que é um compromisso e uma preocupação desta gestão. Outra preocupação é a educação, principalmente neste período de preparação para a volta às aulas. É preciso priorizar uma boa estrutura e merenda de qualidade para as crianças. O mais importante agora é o bom desenvolvimento desses serviços para a população”. 
Alvíssaras, meu capitão! O parágrafo acima é parte da nota oficial sobre o cancelamento do Carnaval em Janaúba, divulgado na última quinta-feira pelo novo prefeito do município,Yuji Yamada (PRP). O comunicado enumera outras razões para que a decisão fosse tomada, mas essas duas no trecho acima já são suficientes para mostrar mudança de postura no trato com a coisa pública. 
Ponto número um: toda decisão de governo, as boas e as nem tanto, precisa ser (bem) comunicadas para a população, com argumentos sólidos e convincentes. Várias cidades mineiras cancelaram seus carnavais, mas até aonde a vista alcança, nenhuma disse claramente o porquê de assim proceder. 
Agora o mais importante: ter a noção de que a obrigação primária dos prefeitos em início de mandato ou não é cuidar diuturnamente para oferecer boa prestação de serviços aos contribuintes que pagam a conta é algo elementar, mas que foi paulatinamente esquecido por muita gente boa que coloca a demagogia e o carreirismo na política como o objetivo central de suas passagens pelos cargos. Numa sentença: mais pão, menos circo.Yuji Yamada, 65 anos, único japonês a assumir o cargo de prefeito no país, tem sido saudado pela imprensa brasileira como novidade ao deixar temporariamente seu milionário negócio de exportação de frutas para administrar Janaúba. Yuji pode até ser cooptado mais adiante pelo jogo rasteiro da política, diante da necessidade de se reeleger para novo mandato. Pode ser que sim, por ser que não. O prefeito-empresário ainda precisa passar pelo teste de fogo de se adaptar ao emaranhado burocrático do setor público (sempre difícil para quem estar acostumado a decidir por conta e risco) e à convivência diária com políticos profissionais, que dizem não quando querem dizer sim e vice-e-versa. 
Há notícias de que o prefeito pagou, na última sexta-feira, cerca de R$ 4 milhões em salários lançados em restos a pagar pelo seu antecessor, o petista José Benedito Nunes. Além de fazer enxugamento da máquina administrativa ao evitar novas contratações de servidores neste início de mandato. Ainda é cedo para comemorar? Certamente. Mas vale o registro de que o eleitor costuma caminhar na direção correta. Ainda que por tentativas de erros e acertos.


Nenhum comentário:

Postar um comentário