quarta-feira, 27 de março de 2013

Delegado de Janaúba que deixou de fazer flagrante é ameaçado de punição


Delegado Breno Barbosa e o investigador Alexsandro Custódio
durante audiência
  O delegado Breno Barbosa de Oliveira, de Janaúba, que deixou de lavrar a prisão em flagrante de Gilson Rocha Divino, acusado de assassinar Paulo Henrique Alves Campos, pode ser punido. A Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa decidiu acionar a Corregedoria da Polícia Civil para averiguar os motivos pelo qual o delegado se recusou a cumprir a lei. O caso acirrou ainda mais os ânimos entre as polícias Civil e Militar em Janaúba. O assassinato ocorreu no dia 15 de março, na área do Projeto Jaíba.
Durante audiência pública realizada nesta segunda, em Janaúba, o delegado argumentou que deixou de fazer o flagrante por entender que juridicamente não ficou configurada a situação, pois a prisão foi dois dias depois do assassinato. Porém, no dia 20, o acusado foi preso preventivamente pelo próprio delegado, que requereu a medida junto à Justiça de Manga. A medida foi tomada depois que a Assembleia Legislativa decidiu investigar a questão.
No dia 15, Gilson assassinou o colega Paulo Henrique na área irrigada do Projeto Jaíba, em Moçambinho, usando um “podão”, equipamento que corta cachos de bananas.
Gilson alegou que Paulo tentou matá-lo e apenas revidou. Ele guardou a arma do crime e afirmou que a lambeu para sentir o gosto do desafeto. No dia 17, o acusado foi preso e levado até a Delegacia de Polícia em Janaúba, a 112 quilômetros, mas acabou liberado na madrugada do dia 18, pois o delegado não apareceu. O investigador Alexsandro Custódio dos Santos liberou o preso.
Na audiência da Comissão de Segurança, ontem, a delegada regional Gessiane Cangussu lamentou o fato, dizendo que foi uma questão institucional e ressaltou que os policiais civis trabalham com sacrifício.
“Somos guerreiros e trabalhadores e não somos preguiçosos”, afirmou a delegada. Ela externou a sua indignação com o fato de o caso ter chegado às redes sociais, quando poderia ter sido contornado.
O delegado Breno Barbosa desmente que não havia delegado de plantão e cita que momentos antes havia efetuado um flagrante.

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