sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Pastor Altemar de Freitas (PSDB) - Câmara de Montes Claros irá apurar conduta de vereador que ameaçou "dar um coro" em professora



10/12/2013


Pastor Altemar de Freitas, da Cãmara de Montes Claros, hostilizou uma professora durante sessão

A Comissão de Ética da Câmara Municipal de Montes Claros, no Norte de Minas, irá apurar a conduta do vereador Pastor Altemar de Freitas (PSDB) em entrevista à TV Câmara. O parlamentar hostilizou uma professora que acompanha as reuniões da Casa com palavras de baixo calão e até ameaças.
O caso ganhou destaque depois que o vídeo foi veiculado nas redes sociais. Durante a entrevista, o vereador Pastor Altemar destacou os constantes protestos originários do plenário, realizados pela professora Iara Pimentel. “A Câmara não é um cabaré e sempre são realizados pelas mesmas pessoas”, disse. O parlamentar ainda chama a vítima de “desclassificada, mau caráter, m...”, além de ameaçá-la. “Se eu pudesse daria eu mesmo um coro nela”, declarou.
Após as declarações, a professora registrou um boletim de ocorrência e acionou a Defensoria Pública, que deverá acioná-lo na Justiça.
Na segunda-feira (9), os vereadores votaram a abertura de uma investigação sobre quebra de decoro parlamentar. Por 13 votos contra e nove a favor, a denúncia popular foi negada. O caso agora será analisado pela Comissão de Ética, que inicialmente avalia o caso como “declarações desnecessárias”. “Foi uma ação antiparlamentar. Não se pode ofender o cidadão que está exercendo o seu papel de cobrar de quem os representa”, disse o presidente da Comissão, vereador André Ricardo Alves Martins (PV).
A reportagem procurou o vereador Pastor Altemar, mas o parlamentar preferiu não comentar sobre a declaração. A Comissão de Ética ainda não tem prazo para dar um parecer sobre o caso.
Peça
Essa é a segunda vez que ofensas causam polêmicas em Câmaras Municipais de Minas. Em Itanhandu, no Sul de Minas, o parlamentar Sandro Ferreira Coelho (PV) chamou o jardineiro da Prefeitura, Amador Pereira, de 60 anos, de “vagabundo”. A justificativa do vereador é de que o servidor não estaria exercendo os serviços adequadamente e acabou se excedendo em plenário.

Um comentário: