(Foto: Mauro Akin Nassor/Correio)
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (Crea-BA) informou, na manhã desta quinta-feira (24), que não há nos registros do órgão nenhuma anotação de responsabilidade técnica sobre a obra na farmácia da rede Pague Menos da Avenida Getúlio Vargas, em Camaçari, onde um incêndio deixou pelo menos nove mortos e 14 feridos na tarde da última quarta-feira (23). Mesmo assim, uma equipe de fiscalização está sendo enviada até o local para avaliar as condições do imóvel. O Crea-BA também aguarda o laudo técnico do Departamento de Policia Técnica (DPT) para verificar o que provocou o desabamento da laje. Brigadista da Defesa Civil de Camaçari, Adeval Costa disse ao Correio que todo estabelecimento precisa te rum alvará de funcionamento. "Se houve uma obra aqui, eles tinham que ter um outro alvará, o de reforma", disse. Ele não soube dizer se a farmácia tinha o alvará devido para a obra de manutenção. Apesar dos relatos de que havia uma obra de manutenção na farmácia, o assessor jurídico da Pague Menos, Geraldo Gadelha, nega que houvesse uma reforma no prédio. "Ela não estava em obras. Estava previsto uma parada no sábado. Camaçari teve dois pequenos dilúvios na semana que passou e isso gerou uma infiltração para dentro da loja e nós íamos recuperar totalmente o telhado por outros motivos. Não sabemos absolutamente o que aconteceu, porque é impensável você admitir que uma laje caia por causa de uma infiltração, mas foi o que aconteceu", disse.
Uma assistente de estoque de trabalha ao lado da farmácia disse que ouviu o estrondo e a gritaria após a explosão. "Ainda não tinha muita gente, porque foi logo no início, mas as pessoas gritavam temendo morrer. Era um desespero tamanho que eu não conseguia assimilar o que estava acontecendo. Na loja em que trabalho, tinha muita gente nos andares de cima, saímos correndo sem olhar para trás, alguns até descalços", disse Taiana Oliveira, 21 anos. Para Taiana, o incêndio vai marcar a história da cidade. "Camaçari nunca vai esquecer, foi trágico demais. E ainda está sendo, já que as pessoas ainda não foram identificadas", finalizou.
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