terça-feira, 22 de novembro de 2016

Denúncia do Google leva PF à prisão de suspeito de pedofilia na internet

Denúncia do Google leva PF à prisão de suspeito de pedofilia na internet
A Polícia Federal prendeu nesta segunda-feira (21) em Barretos (SP) um suspeito de praticar pedofilia pela internet. O homem de 32 anos, dono de uma loja de rações, foi flagrado com 30 imagens de crianças no telefone celular, em um tablet e um computador após investigações baseadas em denúncias do Google. Ele foi levado ao Centro de Detenção Provisória de Serra Azul (SP) e responderá por crimes ligados a pedofilia previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que resultam em até dez anos de prisão. Pela natureza do delito, não foi dada a ele a possibilidade de pagar fiança. A polícia ainda apura o envolvimento de outras pessoas encontradas em um grupo de compartilhamento com mais de 260 inscritos no Whatsapp. "Foram encontrados vários arquivos de vídeo de de pedofilia, o que configurou estado flagrancial do conduzido", afirmou o delegado da PF em Ribeirão Preto (SP), Jackson Gonçalves. De acordo com o delegado, as investigações começaram em 2013, depois de denúncias do Google. "O Google fiscaliza e descobre os arquivos de pedofilia na internet, depois disso encaminha para a Polícia Federal através de uma cooperação internacional onde é feita a descoberta dos IPs [protocolos de acesso à internet] de onde partiram as conexões", explica. Após rastrear o IP em Barretos, os agentes passaram a monitorar as conexões do usuário suspeito e obtiveram autorização judicial para realizar as buscas nesta segunda-feira, trabalho que resultou na apreensão de um laptop, de um telefone celular e de um tablet na casa do suspeito. Durante a operação ele foi autuado em flagrante por posse de pornografia infantil, crime que pode resultar em até quatro anos de prisão. No entanto, segundo o delegado, também há evidências de que o homem divulgou o material, crime que pode gerar mais seis anos de detenção, segundo o ECA. "Ele foi autuado pelo artigo 241-b do ECA, que é a posse do material de pedofilia, e há veementes indícios de que ele tenha participado da divulgação, que é o artigo 241-a do ECA. Tanto é que nesse caso nem foi arbitrada fiança", afirma o delegado. Na carteira do empresário, também foram encontradas fotos de crianças que levantam suspeitas, diz Gonçalves. "Ele carrega com ele fotografias de crianças que alega que são de amigos, sobrinhos ou primos de muito tempo atrás que hoje já são adultos. Foram 17 fotos que estavam na carteira dele, situação bastante estranha."

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