Você conhece o Telegram? É bem provável que não: afinal, até a semana passada, esse aplicativo russo para troca de mensagens instantâneas era um completo desconhecido para a maior parte dos internautas. Essa situação sofreu uma grande reviravolta, contudo, durante este último final de semana, no qual o “colosso” WhatsApp foi acometido por graves instabilidades e deixou seus fiéis usuários completamente desamparados.
Enquanto alguns decidiram reviver o SMS e esperar ansiosamente o retorno do serviço, outros decidiram abandoná-lo de vez e migrar para o até então obscuro Telegram. O resultado? O app europeu ganhou ao menos 4,95 milhões de usuários em apenas um dia, o que também o colocou no posto de aplicativo de iPhone mais baixado da App Store. Em seu perfil oficial no Twitter, a equipe por trás do software comemorou o episódio e, posteriormente, aproveitou para avisar que mais servidores estavam sendo adicionados na infraestrutura do serviço.
Foco nos usuários, não no dinheiro
Essa não foi a única ocasião na qual o WhatsApp perdeu usuários para o Telegram: cerca de um milhão de pessoas migraram para o app russo assim que o serviço foi comprado pelo Facebook, na última quarta-feira (19). Muitos acreditam que a venda fará com que o WhatsApp passe a ser menos seguro do que ele era até então – há quem já fale sobre programas de vigilância e espionagem governamental.
O Telegram, por sua vez, é um software open source (seu código fonte pode ser encontrado aqui) e criptografa todas as informações de seus usuários, prezando pela segurança das mensagens em texto e arquivos multimídia trocados entre os contatos. Além disso, os criadores do produto afirmam não ter qualquer tipo de lucro com o aplicativo e que não estão interessados em vendê-lo, aceitar investimentos ou cobrar qualquer coisa de seus utilizadores.
“Nós acreditamos em um mensageiro rápido e seguro que também seja 100% gratuito. As companhias comerciais geralmente precisam comprometer seus valores em prol de lucros financeiros”, afirma o site oficial do aplicativo. “E por isto que decidimos fazer do Telegram um projeto não-comercial. O Telegram não tem a intenção de gerar receita; não estamos construindo uma base de usuários, mas sim um mensageiro para as pessoas usarem”.
(Fonte da imagem: Telegram)
A próxima febre dos mensageiros instantâneos?
Com versões para iOS e Android (e clientes não-oficiais para web, desktop e Windows Phone), o Telegram foi lançado inicialmente em agosto de 2013. Atualmente, o serviço está disponível em inglês, espanhol e arábico, sendo que em breve os próprios usuários poderão traduzi-lo para a sua língua nativa de maneira colaborativa.
O aplicativo foi programado pelos irmãos Pavel e Nikolai Durov, que acreditam tanto na criptografia utilizada pelo produto que estão até mesmo oferecendo US$ 200 mil como prêmio ao hacker que conseguir quebrá-la. Com uma interface bem atraente e semelhante a do popular WhatsApp, o Telegram deve continuar angariando um bom número de usuário ao longo dos próximos dias graças a seu forte apelo para a privacidade e segurança de dados digitais. E você, já experimentou?
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