segunda-feira, 23 de junho de 2014

Coordenador do TCE-PR suspeito de corrupção paga fiança e sai da cadeia - Luiz Bernardo Dias Costa foi preso ao receber R$ 200 mil de empresário. Ele é investigado pelo MP por ser suspeito de fraudar licitação do TCE-PR.


Luiz Bernardo Dias Costa é suspeito de fraude
em licitação do TCE-PR (Foto: Divulgação/ TCE-PR)


O Luiz Bernardo Dias Costa, coordenador-geral do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), preso por suspeita de envolvimento em fraude de licitação, na quarta-feira (18), saiu da Penitenciária Estadual de Piraquara II (PEP II), na Região Metropolitana de Curitiba, nesta sexta-feira (20). Ele foi liberado após o pagamento de fiança e a fixação de outras medidas cautelares, como afastamento da função pública. O advogado que representa Costa, Roberto Brzezinski, não revelou o valor da fiança.Costa foi preso por uma equipe do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MP-PR), no momento em que recebia R$ 200 mil. O dinheiro era entregue por Edenilso Rossi, ligado à construtora Sial Engenharia e Construção, que também foi preso. O montante, de acordo com as investigações, pode ser o pagamento de uma propina por fraude no processo licitatório para a construção de um prédio anexo ao TCE-PR, orçado em mais de R$ 30 milhões. O advogado Brzezinski evitou comentar a investigação. Disse que ainda não se encontrou com Costa e, por isso, não iria se pronunciar.
Segundo o diretor do Departamento de Execução Penal (Depen), Cezinando Paredes, Costa saiu da PEP II por volta das 17h30, e outros cinco suspeitos de envolvimento na fraude seguem presos. Todos, de acordo com Paredes, são engenheiros.O MP-PR informou que também foram cumpridos onze mandados de busca e apreensão na empresa, no TCE-PR e em casas de pessoas investigadas. Na quinta-feira (19), por meio de mandados de condução coercitiva, cinco funcionários do Tribunal foram ouvidos pelo Gaeco. As investigações começaram há cerca de três meses.
O TCE-PR se manifestou sobre a investigação por meio de nota oficial. O Tribunal afirmou que prestou todas as informações solicitadas pelo Gaeco, forneceu documentos e dados relacionados a procedimento licitatório. Com relação à obra do prédio anexo, o TCE-PR afirmar que ainda não houve qualquer pagamento para a empresa investigada e que, até a conclusão das investigações, o processo licitatório está suspenso. Por fim, o TCE-PR disse tomar todas as providências para que o caso seja elucidado, possibilitando o pleno exercício da ampla defesa a todos os envolvidos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário