quarta-feira, 17 de junho de 2015

Promotor pede a prisão de Netão O vice-prefeito de Ibiracatu, José Neto Soares Coutinho, conhecido como “Netão”,


O vice-prefeito de Ibiracatu José Neto Soares Coutinho suspendeu a delação que tinha feito como mandatante da tentativa de homicídio contra o prefeito Joel Ferreira Lima, em abril e por isso, o Ministério Público pediu a sua prisão
Prefeito mostra RX das perfurações que sofreu na tentativa de homicídio, que teria sido mandado pelo seu vice Netão, no detalhe.

O vice-prefeito de Ibiracatu, José Neto Soares Coutinho, conhecido como “Netão”, que confessou ser o mandante da tentativa de homicídio do prefeito Joel Ferreira de Lima, revelando que estaria cheio de dívidas e tinha a intenção tomar o lugar de Lima para ter um salário maior, muda a versão alegando que teve de confessar o crime através de pressão.
Ele entrou com pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, mas seu pedido foi negado pela desembargadora Maria Luiza Marilac, da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. Imediatamente, o promotor João Paulo Fernandes entrou com pedido de prisão do vice-prefeito. O pedido está sendo analisado pela juíza de São João da Ponte.
Relembre o caso:
No dia 18 de abril, o prefeito Joel Ferreira Lima, de Ibiracatu, foi cercado por dois homens, quando estava na comunidade rural de Alforges, em Ibiracatu, durante uma festa religiosa. Ele levou vários tiros e foi transferido para Montes Claros. Acabou perdendo a visão do olho esquerdo. A Polícia Civil passou a investigar o caso, quando direcionou o foco para o vice-prefeito José Neto, único diretamente beneficiado com a morte do prefeito. Ele foi ouvido em depoimento na sede do Destacamento da Polícia Militar de Ibiracatu, onde reconheceu ter sido o mandante do crime.
Na delação que realizou, José Neto explicou que estava em um lava jato da família, em Ibiracatu, quando foi procurado por homem conhecido como Robeilton, que já tinha matado outra pessoa em Pedras de Maria da Cruz. Ele o pediu um emprego na Prefeitura de Ibiracatu, quando o vice-prefeito alegou que não tinha nenhum prestígio para nomear qualquer pessoa. Robeilton o perguntou se queria assumir a Prefeitura, pois mataria o prefeito se recebesse R$ 20 mil. Neto alegou que não tinha esse dinheiro. O homem falou que poderia ser pago depois. Eles se encontraram outra vez, quando foi dada a ordem para cometer o assassinato.
Dois homens do município de Jaíba foram contratados para cometer o assassinato, que foi realizado no dia 18 de abril. Porém, o prefeito Joel Ferreira conseguiu sobreviver, apesar de ter perdido a visão de um olho. O vice-prefeito Neto aceitou fazer a delação e uma cláusula de que não recorreria da delação, para ser beneficiado e aguardar o julgamento em liberdade. A Polícia prendeu Robeilton pelo assassinato do homem em Pedras de Maria da Cruz. Porém, em depoimento, ele negou qualquer participação na trama para matar o prefeito.
INFERNO ASTRAL
Além do risco de prisão, o vice-prefeito José Neto vive mais um problema: o prefeito Joel Ferreira Lima decidiu pedir a cassação do seu mandato, baseado no Decreto Lei 201, de 1967, que no artigo 4º, inciso X, que determina a perda do mandado “a quem proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo”. Com isso, ele perderá o salário de R$ 6 mil. (GA)
Suspensão
Anteriormente, a direção estadual do PT suspendeu a filiação do vice-prefeito por 60 dias, alegando que o art. 246, incisos I e II, do Estatuto, estabelece que havendo fortes indícios de violação a dispositivos pertinentes à ética, passíveis de repercussão prejudicial ao Partido em nível estadual ou nacional, a Comissão Executiva poderá suspender o denunciado. “Embora não esteja preso e o inquérito policial se encontre aberto, não se têm dúvidas da necessidade de atuação rápida e diligente do Partido, bem como dos indícios de grave infração ética”. Argumentou a presidenta do Partido dos Trabalhadores de Minas Gerais, Maria Aparecida de Jesus
*Com informação do jornal gazeta

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