Os policiais do Paraná que tiveram melhor desempenho na prisão de suspeitos com mandado judicial de prisão e na apreensão de drogas e armas poderão receber uma compensação financeira. É o que prometeu ontem o novo secretário da Segurança Pública do Paraná, Fernando Francischini, ao ser empossado no cargo pelo governador Beto Richa, em Curitiba.
O que já está certo é a volta da bonificação por armas apreendidas, depois de anos suspensa no Paraná. Em estados como São Paulo, policiais também recebem indenização por apreensão de arma de fogo. Quanto às apreensões de drogas e os cumprimentos de mandados de prisão, Francischini promete um estudo para estabelecer a nova “ordem” na Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp).
Tenho certeza que o pagamento vai incentivar que policiais façam mais abordagens, mais ações em locais de altos índices de violência”, afirmou momentos antes da posse. Apesar do anúncio, Francischini não confirmou quando essa nova política começa a ser instituída.
Na esteira das bonificações, o secretário mostrou que a pasta precisará de mais recursos para conseguir cumprir seu programa de governo. Hoje a pasta conta com orçamento de R$ 2,86 bilhões.
Ele informou durante a coletiva que vai a Brasília em busca de apoio do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para acelerar a conclusão das 20 penitenciárias em construção no estado. As unidades são vitais para manter as delegacias vazias sem presos e tornar aquelas superlotadas em unidades policiais de fato. Segundo Francischini, o Paraná tem hoje mais de 7 mil presos em delegacias.
Ele anunciou ainda que vai usar recursos do Fundo Estadual da Segurança Pública (Funesp) para reforçar o trabalho do Departamento de Política Sobre Droga do Paraná e do conselho que leva o mesmo nome. O conselho é responsável por orientar a política estadual sobre o tema. Essas unidades vão para aba da Sesp junto do Departamento Estadual Penitenciário, após aprovação que deve ocorrer hoje na sessão da Assembleia Legislativa.
Vou buscar verba do fundo estadual de segurança para que possamos voltar a ter eventos de prevenção para crianças, adolescentes, já que evitar é muito melhor que reprimir depois”, comentou. Sobre o tema, Francischini lançou crítica ao governo que agora passa a integrar. “Talvez esteja aí o grande defeito da política de segurança pública em relação às drogas: a falta de investimento em prevenção.
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