Na manhã desta segunda-feira (02), em contato com a Rádio Andaia FM, a filha de Ana Lúcia e irmã de Daniela Sabrina, mortas no último sábado (30), na Rua Acre, no Bairro do Alto Sobradinho, falou sobre essa tragédia e esclareceu alguns boatos após falsas informações divulgadas. Segundo informou, na última semana sua mãe tinha prestado uma queixa no forúm da cidade contra o autor do crime, Edson, conseguindo uma determinação judicial de um afastamento entre dos dois, mesmo assim ele continuava a segui-la. “No dia que ela foi prestar queixa, foi com a minha irmã, por isso o motivo da raiva dele toda com a Daniela”, disse. De acordo com Fernanda, ela e Daniela não aceitavam o relacionamento entre Ana Lúcia, sua mãe e Edson, “porque quando ele bebia agredia ela. Fomos, prestamos a queixa, ele foi chamado, ficando bem claro que não poderia se aproximar da minha família”, pontou. Segundo ela, o autor do duplo homicídio, tinha obsessão pela filha de Daniela, a pequena Clarice de 03 anos, e ultilizava isso com um pretexto para frequentar a casa da família, “ele dizia que amava a menina”.
Relatos de Ana Lúcia sobre as ameaças
Daniela Fernanda: Ela tinha medo sim! Minha mãe era uma pessoa que foi inocente porque ela não acreditava que ele teria coragem de fazer algo. Eu sempre a orientava para manter as portas trancadas, por que aconteceu que uma vez, Edson chegou a pular o muro da casa. Mas, minha mãe não acreditou e achava que ele estava quieto, com medo. E, aconteceu que no sábado (30), quando minha irmã iria saindo para trabalhar, por volta das 05:45, ele estava escondido na escada e acabou surpreendendo as duas. Segundo minha tia, uma das vítimas que está internada no Hospital Regional, me contou que Daniela não reconheceu ele, só viu a arma e ele dizendo para abrir a porta. Ela gritou minha mãe achando que era um assalto. Minha tia, que estava deitada, ouviu os gritos e levantou, e logo ele foi dizendo que não era assalto, que estava ali para matar a família inteira. Antes de deflagrar os tiros, exigiu que a Dani me ligasse, afirmando que queria me matar também, para depois meu marido vim cobrar, porque eu vou entrar na história, matar toda a família, exceto Clarice e Zidane, que é meu filho.
Relatos da outra vítima sobre a cena do crime
Daniela Fernanda: Minha tinha está lúcida! Mas não está fora de perigo. A bala está alojada em um lugar de risco. De acordo com ela, foi a primeira a ser atingida pelos disparos da arma de fogo. Antes de disparar contra minha irmã, ele a agrediu muito. No primeiro disparo que seria para minha irmã, a arma falhou, foi quando minha tia tentou tomar a arma e ele acabou acertando nela. Logo em seguida, minha irmã levantou-se e foi para o quarto onde estava minha sobrinha, foi quando ele atirou em minha mãe. Ela até se fingiu de morta, mas ao ver ele agredindo a Dani, tentou defende-la, mas logo acabou levando outro tiro. Eles mantiveram um relacionamento durante três anos, mas depois de um determinado tempo ele passou a beber e ficar violento. Foi a partir daí que minha mãe e Daniela decidiram sair da casa dele, vindo a alugar uma casa para morarem. Tinha um ano que eles estavam separados. Minha sobrinha acabou assistindo tudo. No momento que os policias chegaram, ele atirou na minha irmã. Ela foi a última a ser atingida, porque ele ficou esperando ela me ligar. Clarinha pediu para que ele não atirasse. Segundo me informaram, na noite anterior do crime, ele passou a noite bebendo e usando droga, falando para todo mundo ouvir que iria matar uma mulher, mas ninguém acreditou a ponto de avisar a minha mãe. Agora eu pretendo lutar pela minha sobrinha, porque foi o único pedaço das duas que sobraram para mim. Eu não sei se o pai vai concordar, mas irei correr atrás. Ela está bastante assustada, é o único pedaço que restou da minha família. Ele levou meu tudo, meu coração está sangrando, eu as amava muito. Eu perdi tudo e não quero perder a minha sobrinha. Fernanda na oportunidade, agradeceu o apoio que vem recebendo de toda a população.
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