Vereador está foragido
(Foto: Divulgacand/Divulgação)
O vereador de Bocaiuva (MG), Pedro Neves dos Santos (PDT), que é considerado foragido da Justiça desde esta quinta-feira (6) por vender materiais de construção que sobraram de uma reforma na Câmara, ligou para a Polícia Civil e afirmou que iria se entregar até a madrugada desta sexta (6), mas segundo o delegado Leonardo Diniz, ele ainda não compareceu à delegacia. O parlamentar estava em Belo Horizonte (MG) participando de um evento.
Segundo as investigações, Pedro Santos e o secretário de Esportes Noel Pereira Alves, que está preso, venderam cerca de cinco mil telhas e caibros. O material, que sobrou de uma reforma feita na sede do Legislativo em 2014, estava armazenado no estádio Municipal, a pedido do vereador.
Em relação ao vereador, a assessoria jurídica da Câmara informou que será instaurado um procedimento na Comissão Parlamentar de Ética na próxima reunião, prevista para a segunda (9). A situação de Pedro Santos deverá ser decidida em até 120 dias, até então ele permanece ocupando uma das 13 cadeiras da Casa.
Coação de testemunhas
De acordo com o delegado, ao saberem que estavam sendo investigados, os dois procuraram pelos compradores do material para os obrigarem a assinar um Termo de Doação, na tentativa de mascarar a venda. Além disso, também disseram que os ajudariam com a contratação de advogados, caso fossem chamados para prestar esclarecimentos.
Leonardo Diniz destaca que as pessoas que adquiriram os caibros e telhas devem procurar voluntariamente pela polícia, caso contrário, podem ser responsabilizadas criminalmente por corrupção e ativa e presas.
O que diz a Prefeitura
A Secretaria de Comunicação do município informou por nota que ainda não tomou nenhuma providência em relação ao secretário, já que não foi oficialmente notificada.
Posicionamento dos envolvidos
O G1 tentou falar com o advogado do secretário, mas ele não foi encontrado até a publicação desta reportagem. Já o defensor do vereador não foi localizado.
Crimes
O secretário e o vereador podem responder por peculato, inovação artificiosa, falsificação de documento público e coação de testemunhas.
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