A Justiça decretou indisponibilidade de bens do prefeito de Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais, José Leandro Filho (PSDB), da filha dele, Hyrla Maria Ibrahim Leandro, de uma empreiteira e de um empresário da cidade.
De acordo com ação civil pública do Ministério Público de Minas Gerais (MP), o prefeito recebeu em 2014 um lote de uma empresa de engenharia de Ouro Preto a favor da filha. O local seria o pagamento de propina feito em troca de acordos entre as partes. O terreno está avaliado em R$ 300 mil, de acordo com o MP.
O caso foi investigado pela Operação Minerva que chegou a apreender uma planta manuscrita destacando um lote que era da filha do prefeito. Ela teria dito que pagou pelo terreno em dinheiro, sendo que R$ 130 mil foram empenhados graças a um empréstimo concedido pelo pai e que o restante, R$ 170 mil, teria sido adquirido por meio do seu trabalho como médica e guardado em casa. Porém, pela declaração de bens, Hyrla não tinha condições de bancar a quantia.
Na decisão, a juíza Letícia Drumond disse que “evidencia-se no mínimo estranho e
desarrazoado, nos dias atuais, ainda que se tenha em vista a iminência perspectiva de aquisição de bens e/ou serviços a guarda de elevada quantia – R$ 170 mil em domicílio, com tanta facilidade e inovações tecnológicas para tanto”.
A Justiça determinou a indisponibilidade de bens no valor de R$ 1,2 milhão para o prefeito de Ouro Preto e sua filha, e no valor de R$ 900 mil para a empresa e para seu administrador. O prefeito e Hyrla Leandro não foram encontrados pelo G1 para falar sobre o assunto. A prefeitura também não se manifestou sobre o assunto.
O mérito da ação ainda será julgado.
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