30/07/2016 00:50
Um vídeo que ataca a imagem dez garotas menores de 18 anos tem circulado desde o último dia 9 de julho desse ano, no município de Ourolândia, Piemonte da Diamantina. Intitulado “As Mais Putas de Ourolândia”, o vídeo, com pouco mais de dois minutos, tem circulado principalmente através do aplicativo de mensagens WhatsApp e contém imagens das jovens, além de comentários como “vou chamar o Kid Bengala para estuprar essa vadia”. "Ourolândia é um lugar pequeno, e as pessoas ficam fazendo chacota. Ela está com vergonha até mesmo de ir à escola”, conta a mãe de uma das jovens, que será referenciada pelas iniciais para preservar a integridade da filha de 16 anos. Em entrevista ao Bahia Notícias, I.V.D.R, de 35 anos, conta que as adolescentes não são amigas ou colegas no mesmo colégio, tendo em comum apenas o hábito de frequentar os mesmos lugares em momentos de lazer. "Outras três meninas moram na mesma rua que eu e minha filha, mas só. Nós mães queremos que uma providência seja tomada até porque uma das meninas tem recebido mensagens convidando ela para fazer programa por R$10,00", relata. Ainda de acordo I.V.D.R, o grupo de mães suspeita que o autor do vídeo seja o ex-namorado de uma das meninas, possivelmente inconformado com o termino do relacionamento. "Existe uma história de que vão fazer uma parte dois do vídeo, mas não queremos acusar ninguém sem provas", salienta.Ela também reclamou da dificuldade enfrentada por ela e pelas outras mães para conseguir conversar com o delegado titular do município, que atende somente nas segundas e quartas-feiras. "Estamos tentando falar com o delegado desde 11 de julho, mas ele não parece muito interessado no caso", queixou-se. Procurada pela reportagem, a assessoria de comunicação da Polícia Civil explicou que o delegado titular também atende em outros municípios da região, mas garantiu o episódio já foi registrado em um boletim de ocorrência, e que providências cabíveis estão sendo tomadas. Ainda de acordo com a polícia, maiores detalhes não foram revelados para evitar que o andamento das investigações seja comprometido. O Bahia Notícias também procurou a assessoria de comunicação do Ministério Público da Bahia (MP-BA) para averiguar a existência de alguma denúncia registrada na sede do órgão no município, mas não obteve resposta até a publicação dessa reportagem. (por Marcos Maia)
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