31/07/2016 00:47
O pastor Marcos Pereira, da Assembleia de Deus dos Últimos Dias (ADUD), no Rio de Janeiro, usou as redes sociais para comemorar a decisão final dos processos contra ele, que incluíam acusações de associação ao tráfico e tráfico de drogas. Em vídeo postado no Facebook, ele reclama que a mídia não está divulgando a decisão do desembargador Sidney Rosa da Silva, assinada em 26 de julho, que o inocenta após julgamento do recurso. Na verdade, ele fora absolvido em primeira instância, mas o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro recorreu. O pastor ficou cerca de 18 meses preso, mas agora, após a apelação de sua defesa, ele foi inocentado por unanimidade. “Venho mostrar a minha vitória recebida esta semana, provando que nem uma arma forjada prevalecerá contra os servos de Deus”, escreveu ele no texto da postagem. “Deus é o justo juiz; e ele nos justifica diante dos homens, para mostrar que ele é com seus servos”, comemorou.
Assista ao vídeo abaixo:
Entenda o caso: O pastor Marcos Pereira, da Assembleia de Deus dos Últimos Dias (ADUD), ficou conhecido nacionalmente por seu trabalho nos presídios do Brasil, onde fazia cultos regularmente. Contudo, a partir de 2012, José Junior, líder do AfroReggae passou a fazer uma campanha forte contra o líder religioso, a quem chamou de “maior mente criminosa do Rio de Janeiro”. Entre as diversas acusações graves contra ele estavam o envolvimento com o crime organizado, na produção e distribuição de drogas. Uma série de denúncias contra ele incluíam denúncias de estupro e da promoção de orgias sexuais envolvendo homens, mulheres e menores dentro da sede da igreja em São João do Meriti. Em meio de 2013 ele foi preso, acusado de estuprar seis mulheres, sendo que três delas eram menores de idade quando os abusos aconteceram. Ele ficou detido na penitenciária de Bangu 2, no Complexo de Gericinó. Seu caso foi continuamente acompanhado pela imprensa, incluindo programas da Globo e do SBT. O tempo todo, Pereira alegava inocência. Chegou a dizer que, além de questões políticas, tratava-se de uma armadilha do diabo. A maior parte dos membros do seu ministério acreditava em sua inocência e o defendia publicamente. Durante meses o caso obteve grande repercussão e surgiram várias testemunhas de acusação, que incluíam a ex-esposa e antigos colaboradores da ADUD. O pastor conseguiu um habeas corpus e foi solto em julho, após três meses de prisão. Em setembro, a 2ª Vara Criminal da Comarca de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, condenou Marcos Pereira a 15 anos de prisão por estupro. Voltou a ser preso e só foi posto em liberdade definitiva em dezembro de 2014, após o caso ter chagado ao Supremo Tribunal Federal, em Brasília. Foi decretada a anulação da sentença e o fim da prisão. Agora, com a decisão final do desembargador, o pastor encerra definitivamente o caso.
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