Funcionários e professores do Conservatório Estadual de Música Lorenzo Fernândez se reuniram na tarde desta quarta-feira (12) para reivindicar a manutenção do quadro de funcionários da instituição. Com faixas e cartazes, o grupo parou em frente ao Centro Estadual de Educação Continuada (Cesec) de Montes Claros, norte de Minas Gerais, local onde funcionários do Conservatório são esperados para assinarem a remoção de cargos.
“Como foi veiculado na mídia, o superintendente de ensino deu a entender que se a administração do Conservatório fizesse um parecer legal e enviasse à superintendência, teríamos uma resposta positiva. No entanto, enviamos tudo de acordo com o que ele pediu e até agora não conseguimos nada”, afirma o professor Rafael Melo.
A revolta dos funcionários é que apesar de enviar documentos solicitando a permanência dos funcionários, alguns já assinaram a remoção para outras instituições de ensino.
“O documento já foi entregue várias vezes à Superintendência e, mesmo assim, estamos sendo convocados a assinarem a remoção. Hoje eu assinei para uma escola onde vou cobrir uma vaga de licença de um mês e depois não sei para onde ir”, explica a supervisora de ensino Ivana Ludmila Veloso.
O Conservatório tem atualmente cerca de 4.500 alunos. Segundo uma Carta Aberta, emitida pelos funcionários, desde 2011 a Instituição sofre com a redução no número de servidores. Nesses dois anos, segundo a carta, a escola perdeu 20 ajudantes de serviços gerais, 10 profissionais da secretaria, três vice-diretores e há ainda a convocação para remover seis pedagogas.
“A gente vê que a limpeza da escola não está sendo realizada da forma que era feita antes. O número de profissionais não atendem o tamanho da escola. Muitos alunos que precisam mudar o horário das aulas não poderão por causa da extinção do turno da noite”, afirma o aluno Brendhon Felipe Costa.
Considerado a maior escola de ensino de artes da América Latina, o Conservatório Estadual de Música Lorenzo Fernândez possui 34 banheiros e 48 salas, sendo que cinco ficam localizadas no bloco D que está interditado por causa de problemas estruturais. Desde o dia 20 de janeiro de 2013, o auditório da escola também está fechado devido o desabamento de parte do teto.
Segundo o superintendente regional de ensino de Montes Claros, Robson Geraldo Soares de Figueiredo, o processo que está sendo feito acontece em todas as escolas estaduais, mudando a lotação de alguns servidores que estavam excedentes. Eles estão sendo realocados para outras escolas.
Ainda segundo o superintendente, desde a semana passada, um ofício foi entregue à Secretaria de Estado de Educação, pedindo que um estudo fosse feito, em todas as instituições de ensino do estado em Montes Claros, para verificar a viabilidade de aumentar o número de profissionais. Caso a análise da secretaria aponte para a necessidade de mais servidores, inclusive no Lorenzo Fernandez, os profissionais podem ser reconvocados ou novos podem ser chamados para suprir as demandas.
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