quarta-feira, 14 de maio de 2014

Ex-secretário da administração Rudimar lança luzes sobre esquema montado por Corby em prefeituras do extremo Norte de Minas


O Ministério Público de Januária voltou à carga contra o empresário Marcus Vinicius Crispim, o Corby, a quem acusa de comandar ‘organização criminosa’ responsável por fraudar licitações em várias prefeituras norte-mineiras. No pedido de homologação de acordo de delação premiada firmado com o ex-secretário de Administração da Prefeitura de Itacarambi Nestor Fernandes de Moura Neto, em novembro do ano passado, mas só encaminhado à 1ª Vara Criminal da Comarca de Januária no final do último mês de março, os promotores Franklin Pereira Mendes e Daniela Yokoyama estimam a fortuna de Corby em valores superiores a R$ 20 milhões. 
Apesar do estilo de vida milionário e da condição de dono de dezenas de imóveis, muitos deles em nomes de laranjas, mantidos sob estrito controle por meio de contratos de ‘permuta de bens e de promessa de compra e venda’, Corby, além dos demais integrantes daquilo que o Ministério Púbico classifica como quadrilha, não tinha o hábito de prestar contas ao Imposto de Renda. 
Os promotores suspeitam que, apesar dos muitos sinais exteriores de riqueza e das altas somas em dinheiro vivo com as quais lidavam, Corby e sua patota 'figuravam na condição de isentos ou, no máximo, se limitavam a declarar valores de renda e patrimônio apenas simbólicos' na declaração de ajuste anual do Imposto de Renda. Para o MP, a ironia maior é que, além de sonegar o imposto federal, o grupo teria criado ‘sofisticada rede de corrupção’ para desvio de recursos públicos em Itacarambi, Januária, São João da Ponte, São Romão e Cônego Marinho que deixavam a população desses municípios cada vez mais pobres e desassistidas.

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