quinta-feira, 7 de maio de 2015

Saúde mental e luta antimanicomial são debatidas em evento, no Amapá - Grupo propõe debates e melhoras no atendimento psiquiátrico amapaense. Programação ocorrerá até o dia 23 de maio, em Macapá.

Ato contra tratamento manicomial percorreu as vias de Campinas nesta terça-feira (Foto: Débora Otte/ EPTV)
Programação terá marcha e exibição de filmes
(Foto: Débora Otte/ EPTV)

A saúde mental no Amapá é tema de debate no movimento nacional de "Luta Antimanicomial" que iniciou no sábado (2) e segue até o dia 23 de maio, em Macapá. Entre as atividades programadas, serão realizadas rodas de conversas sobre o tema; apresentações culturais; debates; palestras; oficinas e distribuição de material informativo.
A programação é realizada pelo grupo "Inquiete-se", composto por profissionais, estudantes e pessoas diagnosticadas com sofrimento mental.
De acordo com o acadêmico de psicologia, Waleff Dias, que faz parte da coordenação do grupo, o atendimento psiquiátrico amapaense possui poucos espaços para o debate sobre investimentos e melhorias no setor.
A proposta do movimento "Luta Antimanicomial" é mostrar um atendimento diferenciado em relação ao tratamento psiquiátrico, que em muitos casos, isola o paciente, explicou Dias. O grupo propõe que o tratamento seja feito por meio da reinserção social.
“Nossa ação faz parte de um movimento nacional que busca debater o atendimento psiquiátrico. OAmapá ainda tem muitas limitações neste setor, e em alguns locais, ainda há o distanciamento das pessoas com sofrimento mental. Mas buscamos levar a importância de uma visão mais humanizada do tratamento, que proporciona ao paciente o contato social”, ressalta.
Movimento Inquiete-se
Em atividade desde outubro de 2014, o grupo "Inquiete-se" conta com a participação de 40 pessoas, entre elas, profissionais que atuam no Tribunal de Justiça, na penitenciária, nos serviços de saúde mental do estado, estudantes de psicologia e de outras áreas, assim como usuários do serviço de saúde mental.

O grupo debate legislações brasileiras e portarias do Ministério da Saúde que articulam sobre a saúde mental. A reforma psiquiátrica e a luta antimanicomial também são temas de discussão feitas a partir das leituras e reflexões críticas.
As reuniões são quinzenais e ocorrem na praça de alimentação do Museu Sacaca, localizado no bairro Trem, na Zona Sul da cidade.
Programação
8 de maio
20:30 às 22h na Faculdade Estácio Seama: conferência "Reforma psiquiátrica e os desafios na atualidade" com Luciana Del Castillo (psicóloga residente em saúde mental da Fundação Hospital das Clínicas Gaspar Vianna/PA)

09 de maio
14h às 17h na Faculdade Estácio Seama: exibição do filme "Garota Interrompida" e roda de conversa "Institucionalização e potencialização do sofrimento" com Camila Filocreão (psicóloga do CAPS-AD, especialista em saúde mental e mestre em teoria e pesquisa do comportamento/UFPA)

15 de maio
14h às 17h na Faculdade Estácio Seama: exibição do filme "Dá pra fazer" e roda de conversa "Desinstitucionalização x Desospitalização" com Eliany Rodrigues (psicóloga. especialista em dependência química)

16 de maio
8h às 12h. Concentração na Praça da Bandeira: marcha em Manifesto a Luta Antimanicomial.

18 de maio
17h às 21h na Praça da Bandeira: celebração da Luta Antimanicomial com músicos, poetas, atores locais e usuários do serviço de saúde mental.


23 de maio
14h às 17h na Faculdade Estácio Seama: exibição do documentário "Hotel da Loucura - Gênese" e roda de conversa "A arte do cuidado" com Gabriel Andrade (médico, palhaço e cuidador).

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