quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Médicos testam novo alvo contra alzheimer


Médicos testam novo alvo contra alzheimer
Foto: Stock
Já faz mais de duas décadas que a estimulação cerebral profunda, conhecida como marca-passo cerebral, é usada com sucesso para controlar os sintomas do mal de Parkinson e melhorar a qualidade de vida de quem tem a doença. Era de se esperar, portanto, que a técnica fosse testada para outras doenças, como demências e até obesidade. O tratamento –um implante de eletrodos no cérebro, ligados a um marca-passo implantado na pele na altura da clavícula– se baseia na ideia de que a ativação dos neurônios por meio da estimulação profunda possa trazer melhoras cognitivas e comportamentais e ajudar a reparar os danos funcionais. Na aposta da técnica contra o mal de Alzheimer, um grupo de médicos de Toronto, no Canadá, foi pioneiro e relatou, em um estudo de 2012, um incremento no metabolismo cerebral e melhora clínica após um ano. O objetivo era retardar a progressão da doença, não revertê-la. Agora, uma pesquisa publicada nesta quarta (31) na revista médica especializada "Journal of Alzheimer's Disease" mostra o resultado de uma nova iniciativa de pesquisadores da Universidade do Estado de Ohio (EUA) contra a doença. Eles testaram um novo alvo no cérebro para receber a estimulação: o lobo frontal. Segundo Douglas Scharre, coautor do estudo e diretor do instituto de neurologia da universidade, essa região é responsável pelas nossas habilidades de resolução de problemas, organização e planejamento, e sua estimulação causou uma desaceleração no declínio dos pacientes na comparação com um grupo de pessoas que não receberam esse tratamento. O estudo é pequeno, mas mostrou que é seguro. Três pacientes com mal de Alzheimer em estágio moderado receberam o marca-passo cerebral e foram avaliados depois de mais de 20 meses. Não houve efeitos adversos sérios ou permanentes. Uma das voluntárias era LaVonne Moore, 85. Segundo os autores, quando ela começou a participar do estudo, em 2013, já não cozinhava mais. Depois de dois anos de tratamento, voltou a preparar refeições simples e a selecionar suas próprias roupas. (Noticias ao Minuto)

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