E-commerce cresce em função da pandemia de Covid-19
Presença nos canais digitais fortalece os estabelecimentos, que podem recuperar em parte o faturamento perdido por causa da suspensão das atividades empresariais
O balcão deu lugar ao atendimento por aplicativos, redes sociais e chatbots. As vitrines ganharam versões para telas de smartphones e computadores. As vendas foram reduzidas a alguns cliques. Em poucos meses, a rotina de milhares de estabelecimentos do setor de comércio de bens, serviços e turismo se transformou com a adesão ao e-commerce. Não à toa, o Brasil atingiu neste ano a marca de 1,3 milhão de lojas on-line, como mostra a 6ª edição da pesquisa “Perfil do E-Commerce Brasileiro”, realizada pela PayPal, em parceria com a BigData Corp.
A expansão do mercado de compras pela internet está diretamente associada à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que provocou milhares de empresas a se reinventarem. A crise de saúde pública não só interrompeu o funcionamento presencial de dezenas de segmentos de comércio e serviços, como acelerou um processo que já estava em curso: a mudança de hábitos de consumidor, que tem usado cada vez mais os canais digitais como forma de efetivar suas compras.
“A pandemia provocou inúmeras mudanças culturais e sociais em todo o mundo, o que inclui a necessidade de readaptação das relações comerciais. Se há um ano, o processo de digitalização estava amadurecendo em muitas empresas, hoje ele se acentua diante do impasse criado pela crise de saúde: ou o empresário espera o retorno das atividades ou investe em novos canais de vendas”, observa o coordenador comercial da Fecomércio MG, Danilo Manna.
Segundo o especialista, os empresários já descobriram a força dos canais digitais e perceberam como o uso assertivo dessas ferramentas pode potencializar as vendas, integrando ambientes físicos e virtuais. "A praticidade em escolher o produto na internet e conhecer ou retirá-lo na loja física aprimora a experiência do consumidor, fortalecendo o vínculo entre o estabelecimento e o cliente. Por isso, os empresários precisam estar atentos a essa nova vertente, principalmente durante o atendimento e o pós-venda,” explica Manna.
Com um mercado consumidor expressivo, Minas Gerais ocupa o terceiro lugar no ranking de concentração de e-commerces (6,2%), atrás de São Paulo (58,95%) e do Rio de Janeiro (6,93%). No entanto, embora as pequenas empresas com faturamento até R$ 250 mil por ano já representem 48,06% desse mercado on-line, uma parte significativa dos empresários possui dificuldades financeiras ou técnicas para promover a transição digital em seus negócios.
Soluções para empresas
Atenta a esse cenário, a Fecomércio MG tem oferecido assessorias, capacitações e serviços para empresários e sindicatos empresariais se adaptarem à era digital. Desde o início da pandemia de Covid-19, mais de uma dezena de lives realizadas pela entidade esmiuçaram o tema e orientaram empreendedores sobre a adoção de estratégias de vendas pelas redes sociais e aplicativos, gestão de equipes a distância, posicionamento de marca na internet e uso do e-commerce.
Neste mês, a Fecomércio MG e a Fecon-MG, em parceria com a coach de alta performance Ana Paula Paixão e o Instituto para o Desenvolvimento de Empresas de Base Tecnológica (IEBT), inauguram o Programa de Liderança e Transformação Digital. A iniciativa, que reúne webinars, workshops, lives, assessorias e mentorias, visa mudar a mentalidade do empresário e de seus funcionários, apresentando novas formas de interagir com os clientes e monetizar os serviços de forma digital.
Além disso, a Federação conta com parceiros especializados na gestão e no aprimoramento de ferramentas digitais. Entre os serviços, estão a personalização e operação das lojas virtuais, suporte consultivo de especialistas em e-commerce, facilidade de controle dos catálogos de produtos, videoaulas exclusivas com orientações sobre a gestão das ferramentas, dentre outros.
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