A Lava Jato lança a Operação Triplex, visando o prédio do qual Lula adquiriu cotas de participação. No próprio nome, a operação já indica o alvo.
Em Quito, a presidente da República Dilma Rousseff reage, pela primeira vez admite os estragos que a Lava Jato tem imposto à economia e diz que o ônus da prova cabe à quem acusa. Obviamente estava se referindo às insinuações contra o suposto proprietário do apartamento triplex.
O ministro-chefe da Casa Civil Jacques Wagner reage contra o que taxa de perseguição a Lula.
Todas as reportagens baseados no Palácio exprimem a avaliação de que a operação visa Lula e, a partir dele, a desestabilização do governo.
A equipe da Lava Jato, mais um procurador exibicionista do Ministério Público Estadual de São Paulo, já trataram de preparar terreno, vazando todas as suspeitas para a imprensa.
E o inacreditável Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo se exime de qualquer atitude, meramente garantindo que "Lula não está sendo investigado". Não é uma frase neutra: é um endosso total ao cerco que a Lava Jato impõe à maior figura do seu partido e, por tabela, ao seu governo. Ou Cardozo se pela de medo - seria interessante saber do quê. Ou atua deliberadamente contra seu próprio governo.
Algum dia Dilma Rousseff terá que esclarecer os motivos que a levaram a manter Cardozo durante tanto tempo em seu governo. Sua presença é uma ofensa a todos que se empenham em lutar pela manutenção das regras democráticas e contra o impeachment.
Decididamente, não é normal essa complacência de Dilma em relação a seu Ministro.
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