Política hospitalar
Nesta quinta-feira, 28, a Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros numa ação conjunta com a Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams) e dirigentes de consórcios intermunicipais de saúde, promoveram encontro para avaliar propostas de ações com vistas à implantação de uma política hospitalar do Norte de Minas. O encontro reunindo prefeitos e lideranças, presidentes de consórcios intermunicipais de saúde e gestores de hospitais aconteceu na se da Amams, em Montes Claros.
Entre outras decisões ficou definido que no dia 24 de fevereiro, representantes de todas as nove microrregiões de saúde do Norte de Minas participarão de audiência, em Belo Horizonte, com o secretário de Estado de Saúde, Fausto Pereira dos Santos, quando apresentarão as propostas que vem sendo discutidas com a Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros.
A intenção dos prefeitos é descentralizar os serviços de assistência hospitalar para as microrregiões, objetivando facilitar o atendimento da população e reduzir a grande demanda de pacientes que, diariamente, precisam se deslocar em busca de tratamento em Montes Claros.
A superintendente regional de saúde de Montes Claros, Patrícia Afonso Guimarães Mendes destaca a importância da iniciativa dos dirigentes da Amams e dos consórcios intermunicipais, levando-se em conta a necessidade da região passar a ter uma estrutura bem consolidada de gestão hospitalar, visando atender as demandas de uma população superior a 1,6 milhão de
Patrícia Guimarães lembra que no segundo semestre do ano passado a Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros foi a primeira do Estado a concluir diagnóstico sobre a situação da saúde em 86 municípios do Norte de Minas, o que dá subsídios aos prefeitos e aos gestores dos serviços de saúde na definição de um plano de ações a ser apresentado ao Governo
O presidente da Amams, César Emílio Lopes Oliveira entende que a iniciativa de realização da reunião desta quinta-feira com participação da SRS e dirigentes de consórcios intermunicipais de saúde é de fundamental importância para a definição da política hospitalar do Norte de Minas.
“Trata-se de uma iniciativa pioneira do Governo do Estado pois, na área da saúde, até o momento a região só contou com ações paliativas”, observa o presidente da Amams e também prefeito de Capitão Enéas.
DESCENTRALIZAÇÃO
Por sua vez, o prefeito e presidente do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Microrregião de Francisco Sá, Denilson Rodrigues Silveira entende que a partir da reunião desta quinta-feira o Norte de Minas já terá condições de apresentar à Secretaria de Estado da Saúde (SES-MG) propostas bem consolidadas para a definição da política hospitalar regional. Isso porque, explica,
os consórcios intermunicipais já têm avaliações sobre as necessidades de cada microrregião restando apenas consolidá-las em um documento a ser entregue à SES.
“Precisamos descentralizar as ações de assistência hospitalar que atualmente estão concentradas em Montes Claros. Com essa iniciativa, nas microrregiões possibilitaremos um atendimento mais rápido e eficaz da população”, avalia Denilson Silveira.
Ainda segundo o prefeito, sobretudo na assistência de média e alta complexidade em saúde, “precisamos levar os serviços o mais próximo possível do local de residência dos pacientes.
As microrregiões precisam ter estruturas de atendimento bem equipadas e que prestem o melhor serviço possível à população. Isso evitará que os hospitais e demais serviços de saúde sediados em Montes Claros continuem recebendo alta demanda de pacientes de outros municípios, o que torna os serviços mais caros além de aumentar o sofrimento das pessoas que precisam de atendimento médico e hospitalar”.
Para que isso se torne realidade, Denilson Silveira entende que os hospitais localizados em cidades polo das microrregiões de saúde precisam contar com investimentos, principalmente na compra de equipamentos. Já as unidades de saúde precisam estabelecer parcerias com os hospitais de Montes Claros que já possuem experiência de atendimento nas áreas de média e alta
complexidade, a fim de que as microrregiões também tenham condições de oferecer à população serviços de boa qualidade e que sejam resolutivos.
Texto e foto: Jornalista Pedro Ricardo
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