sábado, 5 de março de 2016

Rian neto do humorista Chico Anysio, estava jejuando há vários dias, diz delegada

04/03/2016 12:33 
Rian Brito, de 25 anos, neto do humorista Chico Anysio, que teve o corpo encontrado nesta quinta-feira (4), estava jejuando há vários dias quando viajou para Quissamã, no norte do Estado do Rio, onde morreu por afogamento. A informação é da Delegacia de Descoberta de Paradeiros do Rio, que investiga o caso. "Ele tinha o hábito de jejuar. Uma pessoa que estava jejuando há vários dias provavelmente não estivesse suficientemente nutrido", disse a delegada Hellen Souto. Na avaliação de investigadores, a condição física de Rian pode ter colaborado para o afogamento - causa da morte atestada no laudo da Polícia Civil. Durante entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (5), na delegacia, que fica no Subúrbio do Rio, a delegada afirmou ainda que o rapaz estava preparando o lançamento de um CD, que era previsto para ontem. "Não havia motivo nenhum para que ele não estivesse aqui nesta data", disse. Segundo ela, ninguém da família conhecia a cidade de Quissamã, mas pelo perfil de Rian, acreditaram que realmente ele pudesse ter ido para lá. "Ele tinha o hábito e ir para esses locais jejuar. Os documentos foram achados no domingo pela manhã por uma família que estava acampando. "As roupas e os documentos estavam dobradinhos, extamente como a mãe dizia que ele fazia. Embora a praia seja muito bonita, tem um valão e imediatamente que entra tem uma correnteza que leva para a direção de Campos", acrescentou a delegada. Ainda segundo a delegada, no período em que o rapaz ficou desaparecido o Disque-Denúncia chegou a receber falsas informações de que ele teria sido visto em favelas e até em outros estados. Investigações continuam, mas hipótese de crime está descartada As investigações da polícia continuam. O computador de Rian passará por perícia, pois a polícia quer saber quais pesquisas e buscas ele fez na Internet antes de desaparecer. "Foi uma saída voluntária e premeditada. Não há nenhuma hipótese de crime, pois ele deixou o telefone escondido em casa e inventou para a mãe que teria aula agendada na autoescola", explicou a delegada. Ainda segundo a polícia, Rian saiu do shopping Fashion Mall, onde fez um saque e R$ 500, às 13h18 e embarcou em um táxi, chegando na Rodoviária Novo Rio às 14h. "Ele foi direto para a sala de embarque, mas só embarcou no ônibus da 17h50, chegando em Quissamã no início da madrugada do dia 24", disse Ellen, destacando que nenhuma pousada ou hotel da região hospedaram o jovem. A polícia acredita que ele tenha pego algum transporte até a região do parque e andado pela trilha por cerca de 5 quilômetros, até chegar a praia onde os documentos foram encontrados. Por se tratar de uma praia deserta, foi possível identificar pegadas, compatíveis com as de Rian, na areia da praia e em direção ao mar, ao lado das roupas e dos documentos do rapaz. De acordo com a polícia, a família de Rian aguardou a realização das buscas do aeroporto de Macaé e não entrou nas aeronaves que realizaram as buscas. "A Praia do Valão fica cerca de 25 quilômetros de onde os documentos foram encontrados. Um pescador acenou para a aeronave e visualizamos o corpo. Como nao havia nenhum registro de desaparecimento na região, acreditamos que poderia ser do Rian", explicou a delegada, ressaltando que no caso de morte como foi a do Rian, é comum o corpo nao ser encontrado. "Já havia alertado à família para essa possibilidade. Quando um corpo some no mar, são, no máximo, 10 dias para aparecer".

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