terça-feira, 12 de julho de 2016

MANGA MG. AUTORIDADES DÃO BOLO EM AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE CRESCIMENTO DA VIOLÊNCIA EM MANGA


NO 11 JULHO 2016.
Nem mesmo o vereador Luiz do Foguete, um dos signatários do requerimento compareceu ao encontro
 Façam as contas na sequência de imagens: não tinha 10 pessoas na audiência pública que deveria discutir a violência no município de Manga (Imagens: www.norticias.com.br) 
O presidente da Câmara de Municipal de Manga, vereador José de Sá Elvira (DEM), esperava casa cheia para a audiência pública prevista para discutir a explosão da violência no município ao longo dos últimos anos. O encontro deveria ter acontecido na tarde da última sexta-feira (8), mas foi cancelado depois que ficou claro que nenhuma das autoridades convidadas compareceria.
O presidente Zé de Sá até mandou caprichar no lanche para oferecer ao público (estimado em cerca de 300 pessoas), que deveria ter comparecido ao encontro de trabalho, mas teve que doar salgados e refrigerantes após o evento reunir menos de 10 interessados no debate de um dos temas mais urgentes que o município enfrenta na atualidade.
Os convites foram enviados para o secretário de Estado e Defesa Social, Sérgio Barboza Menezes; para a nova titular da Comarca de Manga, a juíza Bárbara Lívio; o prefeito Anastácio Guedes, além dos promotores públicos Leandro Pereira e Gerciluce de Brito Sales Costa, e os deputados Arlen Santiago (PTB), Carlos Welington Figueiredo (PP) e Paulo Guedes (PT). O presidente da seccional local da OAB, o advogado Walter Amaro, também constava da lista de lideranças de entidades chamadas para o debate, mas optou por enviar um representante. Para ser mais exato: ninguém compareceu e até mesmo cinco dos nove vereadores da Câmara não compareceram ao encontro - o que é bem sintomático para mostrar ou desinteresse pelo assunto ou falha na organização do evento. 
Figuras essenciais ao propósito da audiência pública, casos dos comandantes das polícias militar e civil com jurisdição sobre a microrregião de Manga também não apareceram para a audiência pública, que teve inicio com uma hora de atraso e, ainda assim, para que a mesa diretora da Câmara tornasse oficial o seu cancelamento por falta de quórum, com registro em ata. O prefeito Anastácio Guedes e o deputado Paulo Guedes, ambos petistas, enviaram o advogado e procurador da Fazenda Municipal, Edilson Souza Pinto, o Saruga, para representá-los.
Não precisou. Apenas os vereadores Zé de Sá, por dever de ofício, e Evilásio Amaro, na condição de autor do requerimento, falaram durante a sessão especial da Casa. Apenas quatro dos atuais nove vereadores deram as caras por lá.
Um dos autores do requerimento para realização do evento, o vereador Luiz Carlos Santana Caíres, o Luiz do Foguete (PRB), não apareceu. Pelo jeito, tinha mais o que fazer. Luiz do Foguete está em campanha aberta e obsessiva para conseguir o mando na comissão provisória do PRB no município, condição sine qua non para ser o nome indicado a vice na chapa do ex-prefeito Joaquim de Oliveira Sá Filho, o Joaquim do Posto (PPS), e estava em viagem no momento da audiência.
Não houve registro de explicação para a ausência de Caíres. Procurado pelo site, ele não retornou aos nossos questionamentos. Também deixaram de comparecer ao 'local de trabalho' os vereanças Eziquel Castilho (PRB), também ocupado com as brigas internas no partido, além de Gil Mendes (PP) e Hélio Soares de Assis, o Boquinha (PSDB), que retornavam de viagem aqui para Brasília, onde participaram de evento de capacitação, além de João França Neto, o Dão Guedes (PT).  
Vereador vê descaso
Responsável pela convocação da audiência, o vereador Evilásio Amaro (PPS), lamentou a oportunidade perdida após o fiasco da pauta. Para Amaro, a frustração do encontro, convocado há mais de um ano, foi descaso para com a sociedade manguense. “Deixaram passar uma oportunidade para se manifestar e protestar contra o estado de flagelo em que se encontra o cidadão com relação à segurança pública”, discursou o vereador.
Segundo o vereador Amaro, a relevância do tema, por si só, mereceria atenção especial das autoridades que representam os órgãos diretamente envolvidos com o tema. Questionado sobre o vazio da audiência, ele disse que a organização e a divulgação do evento ficou por conta da Mesa Diretora da Câmara. O presidente José de Sá disse que a Casa oficiou todas as autoridades e que a população teria sido convocada por meio de serviço de som volante. Segundo uma fonte, o período pré-eleitoral também não teria ajudado, por os políticos (inclusive aliados) faltaram para não fazer claque para o vereador Evilásio.       

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