quarta-feira, 10 de março de 2021

GUERREIRAS NA LUTA CONTRA A COVID-19

 


GUERREIRAS NA LUTA CONTRA A COVID-19

Elas representam 70% dos profissionais de saúde no mundo inteiro. No Brasil, as enfermeiras são 85% da categoria. Na capital mineira elas são 77% dos profissionais da saúde (dado da Secretária Municipal de Saúde)

 

A ONU Mulheres alerta no relatório “Covid-19 na América Latina e no Caribe: como incorporar mulheres e igualdade de gênero na gestão da resposta à crise”, para a distinção dos impactos entre homens e mulheres. Como na maioria das vezes o número de mulheres na linha de frente no enfrentamento a pandemia é maior do que o número de homens, essa carga acaba sendo ainda mais pesada para elas. Pois, além das mulheres serem a maioria dentro dos hospitais, elas também têm forte atuação em casa, onde foram convocadas a assumir os cuidados de idosos, crianças e doentes, devido à saturação dos sistemas de saúde e do fechamento das escolas.

 

Na área da saúde, o UniBH e o Centro Universitário Una identificaram profissionais que, além de lecionar nas instituições, atuam na linha de frente no combate à Covid-19. São histórias, angústias e medos dessas mulheres que não se rendem diante das adversidades do momento. É o caso da Daniela Moraes, professora de Urgência e Emergência do curso de Enfermagem do UniBH. Ela é professora, profissional, esposa e mãe de duas filhas. Além de lecionar, Daniela é profissional do SAMU há 16 anos, atuando diretamente no combate à pandemia. “Meu maior medo é sim levar o vírus para minha casa, meus familiares, aqueles que amo. Mas por outro lado, fico muito tranquila, pois seguimos todos os protocolos de segurança”, enfatiza.

 

Daniela conta ainda que, neste momento da pandemia, o maior desafio é a demanda. “Cada vez mais estamos vendo um aumento do número de casos, uma sobrecarga de trabalho enorme. Nós profissionais da saúde, estamos muito cansados e exaustos em relação a pandemia. Tenho uma rotina muito corrida. Procuro me dividir para ser mãe, mulher, esposa e profissional. Não é fácil! Mas não abro mão de cuidar de mim também. Mesmo sendo corrido, eu tenho dado conta. Tiro forças todos os dias por acreditar que estou fazendo a diferença na vida das pessoas,” destaca.

 

Em outra frente, Lilian Souza, professora de Clínica Médica, do curso de Medicina do UniBH, atua também no Hospital das Clínicas, desde o início da pandemia, fazendo exames de ecocardiograma em pacientes que têm Covid-19. Segundo Lilian, esse exame faz parte do protocolo de atendimento aos pacientes que têm complicações. Casada e mãe de dois filhos, a profissional conta que existe um medo diário por ter muito contato com infectados. “Mesmo sendo vacinada, tenho muito medo pelos meus familiares. Porém, esse é o meu trabalho. Nesse momento temos que manter a calma. Já somos sobreviventes. Agora temos que cuidar para permanecermos nesse estágio. Devemos ficar em casa, quem puder, e seguir todos os protocolos de segurança. É como disse Charles Darwin, quem sobrevive não é o mais forte, mas aquele que se adapta melhor as transformações”, explica.

 

Emile Amador Sigales Emerick é preceptora de estágio do curso de Enfermagem da Una Cidade Universitária e plantonista do CTI do Hospital Santa Casa, em Belo Horizonte. Nesse um ano de pandemia, ela aprendeu a conciliar a lida com casa, marido, gravidez, família, alunos,  pacientes, procedimentos e protocolos exaustivos. “No começo foi muito difícil, porque estar na linha de frente contra uma doença que ainda se sabia muito pouco, era trabalhar com medo todos os dias. O manejo clínico dos pacientes era assustador”, conta.

 

A rotina mudou da noite para o dia. “Acaba que a carga de trabalho da mulher é muito maior. Dou aulas pela manhã, estudo à tarde, cuido da casa, acolho meus pacientes, dou atenção aos meus alunos, tento me fazer presente para a família, mesmo não estando com eles. Se eu não tiver um planejamento rigoroso das minhas horas, fico sem descanso”, conta. Se ela pudesse escolher uma homenagem para o Dia das Mulheres, seria a valorização das profissionais de saúde, especialmente da enfermagem, onde a classe é predominantemente feminina. “É um trabalho essencial para a saúde acontecer. Não há saúde sem a enfermagem e a força de trabalho feminina”, diz.

 

Serviço:

Fontes:

  • Daniela Moraes, professora de Urgência e Emergência do curso de Enfermagem do UniBH;
  • Lilian Souza, professora de Clínica Médica do curso de Medicina do UniBH;
  • Emile Amador Sigales Emerick, preceptora de estágio do curso de Enfermagem da Una Cidade Universitária;

Informações para a imprensa: Luciana Mayer | luciana@redecomunicacao.com | (31) 98619-2276



Abs!

 

 

Luciana Mayer

Relacionamento com a Imprensa

 

Rede Comunicação de Resultado

(31) 2555-5050

(31) 9. 8619-2276

www.redecomunicacao.com


Nenhum comentário:

Postar um comentário