segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Prefeitos estão chorando de barriga cheia


No próximo dia 14, prefeitos do Norte de Minas irão paralisar o funcionamento dos serviços públicos em cumprimento às deliberações ocorridas na realização da Assembleia de Prefeitos no dia 22/10, no auditório da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene – AMAMS. Os alcaides discutiram os impactos ocasionados pelas constantes retenções do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, nos Fundo de Participação dos Municípios - FPM e as perdas de receita com a diminuição do FPM, bem como a falta de investimentos nos municípios por parte dos Governos Federal e Estadual, e decidiram cruzar os braços no dia 14 de novembro de 2013.
Inércia
Essa chiadeira dos prefeitos, sobretudo da região do Norte de Minas, não procede, uma vez que as prefeituras dessa região continuam fazendo gastos desnecessários, muita das vezes, só para não contrariar os potenciais eleitores do prefeito.
Cada dia aparece uma propaganda na TV de uma prefeitura anunciando apresentação de uma determinada dupla sertaneja, de grupos de forró ou de pagode, pagando o olho da cara, por uma apresentação que dura em média duas horas. Um absurdo, para um município pobre, que vive exclusivamente do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
A cultura da festa e da alegria, já está tão arraigada na vida dos norte-mineiros, que eles acabam preferindo o Circo ao Pão. E o Circo, tem de ser de fora, o que obriga os gestores públicos municipais, a contratarem grupos musicais de outros Estados, porque os grupos musicais da terra, não atendem ao gosto “sofisticado” dos locais.
Se o prefeito desses ou daquele município, optar por grupos locais, acaba perdendo prestígio político, o que poderá comprometer a sua carreira.
Pergunte se algum prefeito pretende renunciar o mandato? Claro que não, eles já estão em plena campanha para sua reeleição, ou para a eleição do seu sucessor.
Não custa lembrar que nos 10 últimos anos, o Norte de Minas foi a região onde a corrupção bateu recorde. Nesta década, quase todos os prefeitos da área mineira da Sudene foram alvos de investigação por parte dos Ministérios Público Federal e Estadual, do Tribunal de Contas do Estado e da Policia Federal. Muitos deles foram presos e outros continuam atrás das grades por causa da roubalheira.

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