segunda-feira, 7 de março de 2016

Hoje em Dia vira jornaleco e apenas reproduz releases

Chapa branca


Depois que o jornal Hoje em Dia foi comprado por Ruy Muniz sua credibilidade jornalística ficou pouco confiável. Da mesma forma que funciona seu co-irmão O Norte, mostrando apenas o que interessa ao seu chefe. Um jornal chapa branca que basicamente só reproduz os releases da Prefeitura. E olha, que o senhor Ruy Muniz é dono de uma faculdade de jornalismo na cidade, e tais jornais seriam uma espécie de laboratório de seus acadêmicos, onde, em tese, teriam que ensinar o conjunto de normas e procedimentos éticos que regem a atividade do jornalismo.
Nos últimos dias, tanto O Norte quanto o Hoje em Dia, publicaram manchetes festejando a decisão da desembargadora Ângela Catão, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que suspendeu a utilização dos equipamentos hospitalares trazidos da Alemanha, comprados pela Soebras/Funorte para o Hospital das Clínicas, em operação considerada fraudulenta pelo Ministério Público Federal e Receita Federal. Na sua decisão, ela reconheceu que a pena de perdimento aplicada pela Receita Federal, “decorreu de regular procedimento administrativo” e os atos praticados “gozam de presunção de legitimidade”. Portanto, não foi apontada nenhuma irregularidade na ação da RF. A desembargadora suspendeu os efeitos do perdimento apenas para que a Amas Brasil pudesse discutir e apresentar suas provas no curso do processo principal, que, do contrário, perderia seu objeto. “A pretensão de suspensão dos efeitos da pena de perdimento deve ser assegurada, de modo acautelatório, de forma a garantir o direito da parte à discussão da matéria”. Ela não discute o mérito.
Na verdade, desde a semana passada que os equipamentos estão armazenados no Hospital Universitário e continuarão no local, com o hospital assumindo a condição de depositário fiel. Tanto na petição inicial da Ação Ordinária quanto no Agravo de Instrumento, o pedido principal do prefeito Ruy Muniz, através da Amas Brasil, era para que a guarda dos equipamentos ficasse com o Hospital Mário Ribeiro, mediante o pagamento de caução no valor de R$ 10 milhões. Desde dezembro, Ruy vinha garantindo em suas entrevistas que isto ocorreria brevemente. O pedido foi indeferido tanto na Vara Federal de Montes Claros quanto pela desembargadora Federal Ângela Catão, do TRF da 1ª Região.
Ou seja, a turma do Prefeito e sua imprensa está ludibriando a população, fazendo barulho por uma decisão já conhecida há mais de 10 dias, e que, na verdade, representou um duro revés a Ruy Muniz. Nada mais... 

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