quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Janaúba: Barragem Bico da Pedra atinge o volume morto


Barragem Bico da Pedra. Imagens captadas
nesta quarta-feira(26) pelo jornalismo Onda Norte 103,9.
(Por Ivo Júnior) Como já vinha sendo anunciado há algum tempo a barragem do Bico da Pedra atingiu o ponto crítico mais uma vez. Nesta quarta-feira(26) a barragem Bico da Pedra atingiu o volume morto, o que já vinha sendo anunciado há alguns meses pelos meios de comunicação.
Volume morto é o ponto de captação de água das represas por meio de gravidade, considerada uma quantidade segura de água. A partir desse momento o abastecimento de água para o consumo humano e também para manter a produção mínima do distrito de irrigação passa a ser utilizadas bombas de sucção, que inclusive já estão funcionando, para jogar água no sistema de aquedutos que abastecem o canal mestre de irrigação e a estação elevada de tratamento da Copasa e conseqüentemente as cidades de Janaúba e Nova Porteirinha.
A reportagem da rádio Onda Norte esteve nesta quarta feira na captação de água da barragem e pode comprovar a informação. No site do Distrito de Irrigação mostra que a semana iniciou com o nível da barragem em 5 centímetros acima do volume morto, a marcação dessa quarta feira ainda não havia sido publicada até o fechamento dessa edição, mas, analisando os dados dos últimos dias que demonstra que em média a represa perde 5 centímetros de lâmina d’água a cada 3 dias, faz se entender que nesta quarta feira ela atingiu a marcação de 539 metros e 20 centímetros, nível considerado morto.
Mesmo diante dessa situação crítica que só aconteceu três vezes ao longo dos 36 anos da barragem Bico da Pedra, nenhuma autoridade se manifesta a respeito da volta da tão esperada obra de tubulação do Distrito Irrigado, onde se perde grande quantidade de água devido à má conservação das antigas canaletas de concreto.
A tão prometida obra da Codevasf encontra se paralisada por falta de pagamento á construtora que tocava a obra. A indústria da seca continua sendo um mero pano de fundo para a política norte mineira que prefere alugar caminhões pipas a preços altíssimos, enquanto poderiam cuidar de políticas publicas que resolvessem o problema antes que ele se agravasse. 

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