quinta-feira, 22 de outubro de 2015

MONTES CLAROS MG. - CNES alterado - Conselho investiga Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde do Alpheu de Quadros


Cleiton França, da Superintendência, entregou relatório
O Conselho Municipal de Saúde decidiu investigar por qual motivo o cadastro do Alpheu de Quadros foi alterado da condição de Pronto-Atendimento para Unidade Básica de Saúde, sem apreciação dos conselheiros. A decisão foi tomada na tarde ontem, acatando proposta dos conselheiros José Geraldo Kojak e Roberto Coelho, que propuserem levar o assunto diretamente para a Justiça, pois o prefeito Ruy Muniz está sempre desrespeitando o conselho. Como demonstração disso, eles deixaram de aprovar o Plano de Contigenciamento da Dengue, enquanto a Prefeitura não mostrar como serão atendidos os casos de Dengue, durante a epidemia que sempre ocorre de janeiro a março. Até então, esses pacientes eram atendidos no Alpheu de Quadros.
Ainda ontem, a Superintendência Regional de Saúde protocolou junto ao Conselho Municipal de Saúde o parecer do Estado onde é recomendado que a Prefeitura de Montes Claros mantenha o atendimento de 24 horas por dia para os pacientes classificados como verde e azul, pois assinou o acordo em 2009 de funcionamento do Pronto Atendimento por 24 horas e ainda de postos de saúde até 22 horas. O documento orienta ainda que conforme acesso realizado no dia 16 de outubro, a Prefeitura de Montes Claros alterou o cadastro do Alpheu de Quadros, o classificando como centro e unidade básica de saúde. Claiton França mostrou que o local além de ter de funcionar 24 horas por dia, também deveria atender aos pacientes de outros municípios pactuados.
Os conselheiros marcaram reunião extraordinária para a próxima quarta-feira, onde decidirão as providências a serem tomadas. Porém, ainda hoje a tarde estarão reunidos com o promotor João Paulo Brant, da Curadoria da Saúde, para entregar o relatório aprovado pelo Conselho Municipal de Saúde, que determina o funcionamento do Alpheu de Quadros por 24 horas. O conselheiro José Geraldo Kojak afirma que tem de ser acionada a Justiça, pois o prefeito é autoritário e sempre desrespeita as decisões tomadas no Conselho Municipal e os moradores do bairro Grande Delfino Magalhães estão com dificuldade de acesso à saúde, por causa dessa postura.
Ele lembrou ainda que o prefeito Ruy Muniz fechou o atendimento noturno do Alpheu de Quadros para jogar a população contra o Estado e com isso, atingir a superintendente Patrícia Afonso Guimarães, os secretários estaduais Fausto Pereira e Helvécio Magalhães, além do governador Fernando Pimentel, quando na verdade, está é prejudicando a população e por isso, corre risco de Montes Claros perder a gestão plena em caráter definitivo por causa dessa postura. O conselheiro Joaquim Francisco afirma que deveria forçar o município a manter o Alpheu de Quadros funcionando 24 horas por dia até que seja inaugurada a UPA.
No caso específico do Plano de Contigenciamento da Dengue, Joaquim Francisco mostrou que Montes Claros deveria estar com 212 agentes de saúde, mas tem 158 e com a falta dos 54 agentes, implica que 54 mil pessoas estão deixando de serem fiscalizadas. Por isso ele propôs que o plano fosse aprovado somente depois que a Prefeitura mostrasse o Plano de Trabalho, indicando onde os pacientes que apresentarem a doença serão atendidos depois das 22 horas.
Jornal Gazeta

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