terça-feira, 8 de setembro de 2020

Correios - por que os brasileiros deveriam ser contra a privatização?

 


Universalização

Apesar das dimensões continentais do Brasil, os Correios já estão presentes em todos os municípios, assegurando aos brasileiros acesso fácil aos serviços postais. Em 2019 foram distribuídos mais de 5 bilhões de objetos postais no Brasil.
 
Preços Módicos

O preço da carta brasileira é um dos menores do mundo, apesar de o território do país ser um dos maiores do planeta. Além disso, mesmo em serviços prestados sob concorrência, como é o caso do serviço de encomendas, na maioria das situações os preços dos serviços dos Correios estão entre os mais econômicos.
 
Qualidade

A qualidade operacional dos serviços dos Correios é similar ou superior à oferecida por outras transportadoras e é influenciada por fatores localizados que impedem ou dificultam a realização das entregas, como acontece, por exemplo, em algumas regiões do Rio de Janeiro.
 
Sustentabilidade

Diferentemente do que ocorre em muitos países, no Brasil os Correios não dependem de recursos do Tesouro Nacional para sobreviverem. A Empresa produz receitas suficientes para cobrir seus custos e ainda gerar superávits para o Estado. Além disso, sua infraestrutura já está montada, paga e funcionando.
 
Importação e Exportação

Além de cuidar da importação e da exportação de correspondências para os demais países do mundo, os Correios têm desenvolvido serviços que apoiam as empresas brasileiras na realização de pequenas importações e exportações de produtos.
 
Comércio Eletrônico

Os serviços de encomendas dos Correios, prestados em regime concorrencial, têm constituído a principal infraestrutura de logística por onde flui o comércio eletrônico brasileiro. As opções oferecidas pelos Correios estão sempre entre as mais econômicas e procuradas pelos clientes.
 
Quem se beneficiaria com uma eventual privatização dos Correios

Os primeiros beneficiários seriam os assessores e intermediários, que são, principalmente, as consultorias e bancos de investimento contratados para analisar viabilidade, dimensionar e estruturar o negócio. Em seguida, os detentores de capital especulativo, sempre disponível para aproveitar oportunidades mundo afora. E ainda os concorrentes do serviço de encomendas, que não precisarão mais competir com os Correios, podendo elevar substancialmente seus preços, em detrimento da população em geral, que gastará mais.
 
Exemplo internacional

A última privatização relevante de correios se deu em Portugal, no ano de 2014. Os efeitos trazidos para a população portuguesa podem ser facilmente constatados em pesquisa na internet. Em síntese, a população foi forçada a pagar bem mais pelos serviços e ter o atendimento piorado, com o fechamento de diversos balcões (agências). Os portugueses clamam, agora, pela reestatização de seu correio. No caso brasileiro, em que o território é muito maior e de acesso mais difícil e dispendioso, pode-se prever que a situação será bem pior, com a penalização das populações de diversas regiões do país.
 
Direção Nacional da ADCAP

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