sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Como identificar placa-mãe queimada usando multímetro - Dica de Informática

Nagela Thauany

O IV Congresso Brasileiro de Saúde Mental com o tema "Navegando pelos rios da Saúde Mental da Amazônia: Diversidades culturais, saberes e fazeres do Brasil” Pretende conhecer as diversidades culturais que traz no seu conteúdo o contexto de culturas plurais , regionalizadas, mas que se encadeia e contribui com a diversidade no campo da saúde mental no cenário nacional e internacional.


Disponível para download gratuito o livro "Retrato da Repressão Política no Campo - Brasil 1962 – 1985. Camponeses torturados, mortos e desaparecidos", de Ana Carneiro e Marta Cioccari.




Disponível para download gratuito o livro "Retrato da Repressão Política no Campo - Brasil 1962 – 1985. Camponeses torturados, mortos e desaparecidos", de Ana Carneiro e Marta Cioccari. Confira: http://goo.gl/5Qxmrb

PROJETO REDE CAPS - Conheça os títulos que disponibilizamos. Todos os arquivos dispostos a seguir encontram-se para download de forma gratuita na internet, nosso objetivo aqui é uni-los. * Alguns livros podem ter sido divididos devido o tamanho do arquivo.

http://www.redecaps.org/



Negociando com a loucura por meio da arte

Por  
Acadêmica de Jornalismo do CEULP/ULBRA

O artista tocantinense Sérgio Lobo conta que, desde a infância, gostava de pintar e desenhar. Por motivos pessoais, a vida o levou por outros caminhos: formou-se em Licenciatura Plena em Letras – Português e se pós-graduou em Língua Portuguesa e Literatura. Tornou-se professor. Dores físicas, depressão e ansiedade o ausentaram da profissão. Então, ele começou a negociar com a loucura.

(Obras do artista visual Sérgio Lobo)

“Espírito inquieto e criador”. Assim que Vone Petson, curador da última exposição do artista, o define. O (En)Cena entrevistou o artista visual e indagou sobre o processo de novas escolhas durante um período da vida e como isso se deu.

(En)Cena –  Em 2012, você escreveu um Ensaio para o (En)Cena contando um pouco de sua situação de depressão e ansiedade. Lá, você conta que não leciona mais. Por que você parou de ministrar aula? O que te fez tomar essa decisão?
Sérgio Lobo – Parei de lecionar por determinação médica. Depois de fortes dores na coluna tive que me ausentar do ofício de ser professor, fiquei muito tempo em casa me recuperando, fazendo fisioterapia e acompanhamento médico, quando tive que retornar para sala de aula, tudo voltou, tive uma ojeriza só pelo fato de pensar em voltar. Então, tive crises de ansiedade e depressão, tive que ficar de licença médica outra vez. Até então, eu achava que daria conta de superar sozinho a “barra”, mas não aguentei. Procurei ajuda especializada e tive a graça de conhecer o psiquiatra Dr. Wordney Camarço e passei a fazer terapia com o psicólogo Dr. Daniel Marques. O médico solicitou um remanejo de função a Junta Médica Oficial do Estado, o que geralmente demora muito, enquanto eles não deferiram o pedido eu ficava em casa. O que não ajudava muito na minha recuperação, porque me sentia um inválido. A minha esposa trabalhando, a vida passando e eu querendo ser “aproveitado” em outra função que não fosse sala de aula, porque achava que ainda era capaz de fazer alguma coisa útil. Até que fui remanejado de função.

(En)Cena – Como você descobriu a pintura na sua vida? Como foi o processo inicial de buscar essa forma de arte para reabilitação?
Sérgio Lobo – Desde criança gostava de desenhar, na adolescência fiz alguns cursos de desenho e fui aluno ouvinte de um Mestre Holandês no curso de Arquitetura e Urbanismo na UFPA, na disciplina Plástica I. Sempre fazia desenhos e amizades com outros desenhistas... em Brasília onde morei e depois em Belém, conheci pintores já famosos e desenhistas. A minha vontade era fazer um curso superior na área, mas as constantes mudanças de cidades fizeram com que eu me afastasse do meu objetivo. Em Palmas, conheci amigos que trabalhavam na área. Então, participei de curso de escultura com a profª. Sandra Oliveira, cursos de desenho e pintura, cursos de História da Arte todos no Espaço Cultural. A pintura começou aqui em Palmas. Depois fiz curso desenho e pintura na falecida Galeria Magenta, com o Prof. Antonio Netto. Em 2011 com o meu problema e como não tinha nada a perder, resolvi desenhar e pintar. Posteriormente entrei na AVISTO (Associação dos Artistas Visuais do Tocantins) e passei a conhecer mais de perto os artistas, os seus problemas e anseios.

(Autorretrato de Sérgio Lobo)

 
(En)Cena – Como a arte em pintura te auxiliou a ver uma nova fase na vida?
Sérgio Lobo – Sempre tive vontade de trabalhar com artes visuais, mas as circunstâncias, o local e os acontecimentos em minha vida, fizeram com que eu desviasse... Fiz uma graduação e pós-graduação em outra área, me tornei servidor público, professor... casei, separei, casei, separei, tive filhos, bater ponto, ou seja, a velha “corrida de ratos”. E de tanto fazer o que não gostava, resolvi como terapia fazer cursos de pintura e tentar recuperar o tempo perdido... Isso foi um alento e um motivo pra permanecer na estrada e negociando a loucura. O próprio fato de fazer artes visuais no Tocantins já é uma loucura! Apesar de termos bons artistas visuais (desenho, pintura, escultura, fotografia...), não há incentivo governamental. A Galeria Mauro Cunha foi fechada em 2011 e nunca reabriram, o Tocantins é um dos únicos estado da federação que não tem uma galeria oficial. Faz 2 anos que o Estado do Tocantins não lança os Editais de Incentivo à Cultura, há uma política cultural ineficiente, além do fato de estarmos distantes dos centros culturais do Brasil. Mas, o desejo,  a persistência e o prazer no fazer artístico, no momento da criação é algo divino. Isso é o que nos move.

(En)Cena – E por que você escolheu a pintura abstrata? Ela te representa melhor?
Sergio Lobo – Eu gosto do desenho, pinturas figurativas, mas gosto também das pinturas abstratas. Geralmente, o artista que faz arte figurativa, não gosta de pintura abstrata e vice-versa. No meu caso, gosto de pintores abstratos (Pollock, Mabe, Antonio Bandeira, Marcos Dutra, Mahau...) e pintores figurativos (Miró, Françoise Nielly, Patrice Murciano, Voka, Marina Boaventura, Solange Alves, Costa Andrade...). Foi a proposta do Curador Vone Petson Coordernador de Artes plásticas do SESC que fosse uma exposição toda abstrata.

(En)Cena – A exposição Desvelar a Cor, que está em apresentação no SESC de Palmas, se baseou em alguma inspiração específica?
Sérgio Lobo – Não, mas na proposta do curador Vone Petson, que queria uma exposição só com telas abstratas. A proposta era desvelar, descobrir e experimentar cores e técnicas variadas até “acertar”.  É o que venho tentando fazer...

(Exposição Desvelar a Cor, de Sérgio Lobo que esteve até 19 de novembro  no hall do Centro de Atividades do SESC)

(En)Cena – Você recomenda a arteterapia, em especial a pintura, para reabilitação e tratamentos? Funciona?
Sérgio Lobo – Não cheguei a fazer arteterapia. Uso a arte como escape terapêutico. Tenho uma professora de desenho, a Norma Brügger que é Pós-graduação em Arte terapia pela UFG e conversamos sobre o assunto. Mas, sei e acredito no poder da arte para reabilitar e como tratamento. Recentemente li a biografia do Arthur Bispo do Rosário (Luciana Hidalgo) e como a arte foi fundamental em sua vida. Assim, como no final da vida do pintor Van Gogh, no hospício ele foi incentivado pelo seu psiquiatra a continuar pintando, alguns biógrafos dizem que foi um tratamento de “arte terapia” da época. Drª. Nise da Silveira incentivou os pacientes do Centro Psiquiátrico do Engenho de Dentro no RJ a expressarem através das artes as suas emoções... E surgiram belas obras de arte e podem ser vistas no Museu de Imagens do Inconsciente. Eu considero o desenho e a pintura uma meditação em movimento. É um autoconhecimento. Funciona.

Negociando com a loucura por meio da arte

Por  
Acadêmica de Jornalismo do CEULP/ULBRA

O artista tocantinense Sérgio Lobo conta que, desde a infância, gostava de pintar e desenhar. Por motivos pessoais, a vida o levou por outros caminhos: formou-se em Licenciatura Plena em Letras – Português e se pós-graduou em Língua Portuguesa e Literatura. Tornou-se professor. Dores físicas, depressão e ansiedade o ausentaram da profissão. Então, ele começou a negociar com a loucura.

(Obras do artista visual Sérgio Lobo)

“Espírito inquieto e criador”. Assim que Vone Petson, curador da última exposição do artista, o define. O (En)Cena entrevistou o artista visual e indagou sobre o processo de novas escolhas durante um período da vida e como isso se deu.

(En)Cena –  Em 2012, você escreveu um Ensaio para o (En)Cena contando um pouco de sua situação de depressão e ansiedade. Lá, você conta que não leciona mais. Por que você parou de ministrar aula? O que te fez tomar essa decisão?
Sérgio Lobo – Parei de lecionar por determinação médica. Depois de fortes dores na coluna tive que me ausentar do ofício de ser professor, fiquei muito tempo em casa me recuperando, fazendo fisioterapia e acompanhamento médico, quando tive que retornar para sala de aula, tudo voltou, tive uma ojeriza só pelo fato de pensar em voltar. Então, tive crises de ansiedade e depressão, tive que ficar de licença médica outra vez. Até então, eu achava que daria conta de superar sozinho a “barra”, mas não aguentei. Procurei ajuda especializada e tive a graça de conhecer o psiquiatra Dr. Wordney Camarço e passei a fazer terapia com o psicólogo Dr. Daniel Marques. O médico solicitou um remanejo de função a Junta Médica Oficial do Estado, o que geralmente demora muito, enquanto eles não deferiram o pedido eu ficava em casa. O que não ajudava muito na minha recuperação, porque me sentia um inválido. A minha esposa trabalhando, a vida passando e eu querendo ser “aproveitado” em outra função que não fosse sala de aula, porque achava que ainda era capaz de fazer alguma coisa útil. Até que fui remanejado de função.

(En)Cena – Como você descobriu a pintura na sua vida? Como foi o processo inicial de buscar essa forma de arte para reabilitação?
Sérgio Lobo – Desde criança gostava de desenhar, na adolescência fiz alguns cursos de desenho e fui aluno ouvinte de um Mestre Holandês no curso de Arquitetura e Urbanismo na UFPA, na disciplina Plástica I. Sempre fazia desenhos e amizades com outros desenhistas... em Brasília onde morei e depois em Belém, conheci pintores já famosos e desenhistas. A minha vontade era fazer um curso superior na área, mas as constantes mudanças de cidades fizeram com que eu me afastasse do meu objetivo. Em Palmas, conheci amigos que trabalhavam na área. Então, participei de curso de escultura com a profª. Sandra Oliveira, cursos de desenho e pintura, cursos de História da Arte todos no Espaço Cultural. A pintura começou aqui em Palmas. Depois fiz curso desenho e pintura na falecida Galeria Magenta, com o Prof. Antonio Netto. Em 2011 com o meu problema e como não tinha nada a perder, resolvi desenhar e pintar. Posteriormente entrei na AVISTO (Associação dos Artistas Visuais do Tocantins) e passei a conhecer mais de perto os artistas, os seus problemas e anseios.

(Autorretrato de Sérgio Lobo)

 
(En)Cena – Como a arte em pintura te auxiliou a ver uma nova fase na vida?
Sérgio Lobo – Sempre tive vontade de trabalhar com artes visuais, mas as circunstâncias, o local e os acontecimentos em minha vida, fizeram com que eu desviasse... Fiz uma graduação e pós-graduação em outra área, me tornei servidor público, professor... casei, separei, casei, separei, tive filhos, bater ponto, ou seja, a velha “corrida de ratos”. E de tanto fazer o que não gostava, resolvi como terapia fazer cursos de pintura e tentar recuperar o tempo perdido... Isso foi um alento e um motivo pra permanecer na estrada e negociando a loucura. O próprio fato de fazer artes visuais no Tocantins já é uma loucura! Apesar de termos bons artistas visuais (desenho, pintura, escultura, fotografia...), não há incentivo governamental. A Galeria Mauro Cunha foi fechada em 2011 e nunca reabriram, o Tocantins é um dos únicos estado da federação que não tem uma galeria oficial. Faz 2 anos que o Estado do Tocantins não lança os Editais de Incentivo à Cultura, há uma política cultural ineficiente, além do fato de estarmos distantes dos centros culturais do Brasil. Mas, o desejo,  a persistência e o prazer no fazer artístico, no momento da criação é algo divino. Isso é o que nos move.

(En)Cena – E por que você escolheu a pintura abstrata? Ela te representa melhor?
Sergio Lobo – Eu gosto do desenho, pinturas figurativas, mas gosto também das pinturas abstratas. Geralmente, o artista que faz arte figurativa, não gosta de pintura abstrata e vice-versa. No meu caso, gosto de pintores abstratos (Pollock, Mabe, Antonio Bandeira, Marcos Dutra, Mahau...) e pintores figurativos (Miró, Françoise Nielly, Patrice Murciano, Voka, Marina Boaventura, Solange Alves, Costa Andrade...). Foi a proposta do Curador Vone Petson Coordernador de Artes plásticas do SESC que fosse uma exposição toda abstrata.

(En)Cena – A exposição Desvelar a Cor, que está em apresentação no SESC de Palmas, se baseou em alguma inspiração específica?
Sérgio Lobo – Não, mas na proposta do curador Vone Petson, que queria uma exposição só com telas abstratas. A proposta era desvelar, descobrir e experimentar cores e técnicas variadas até “acertar”.  É o que venho tentando fazer...

(Exposição Desvelar a Cor, de Sérgio Lobo que esteve até 19 de novembro  no hall do Centro de Atividades do SESC)

(En)Cena – Você recomenda a arteterapia, em especial a pintura, para reabilitação e tratamentos? Funciona?
Sérgio Lobo – Não cheguei a fazer arteterapia. Uso a arte como escape terapêutico. Tenho uma professora de desenho, a Norma Brügger que é Pós-graduação em Arte terapia pela UFG e conversamos sobre o assunto. Mas, sei e acredito no poder da arte para reabilitar e como tratamento. Recentemente li a biografia do Arthur Bispo do Rosário (Luciana Hidalgo) e como a arte foi fundamental em sua vida. Assim, como no final da vida do pintor Van Gogh, no hospício ele foi incentivado pelo seu psiquiatra a continuar pintando, alguns biógrafos dizem que foi um tratamento de “arte terapia” da época. Drª. Nise da Silveira incentivou os pacientes do Centro Psiquiátrico do Engenho de Dentro no RJ a expressarem através das artes as suas emoções... E surgiram belas obras de arte e podem ser vistas no Museu de Imagens do Inconsciente. Eu considero o desenho e a pintura uma meditação em movimento. É um autoconhecimento. Funciona.

Como ativar a monetização em seu canal do YouTube e vincular seu canal ao AdSense

Usa o YouTube? Seus vídeos recebem um bom número de visualizações? Que tal ganhar dinheiro apenas criando vídeos para YouTube?

O YouTube dispõe de um programa de parceria no qual os usuários podem gerar receita com seus vídeos e passar a lucrar com isso. No caso em seus vídeos passaram a aparecer anúncios e dependendo do seu público você poderá ganhar uma boa grana.

Para quem se interessa no programa, saiba que existem algumas regras:

  • Seu conteúdo deve ser original e de total autoria sua.
  • Ou usar conteúdo de domínio público ou licenciado para fins lucrativos
  • Você deve ter a conta em situação regular
  • Os vídeos também não devem ferir as politicas de conteúdo do YouTube

Para começar o programa você precisará ativar sua monetização, vincular seu canal ao AdSense e ativar a monetização nos vídeos. Vamos lá:

Para ativar a monetização no seu canal faça o seguinte;


Agora para vincular seu canal ao AdSense;
  • Esteja com a monetização ativa
  • Vá guia monetização (gerenciador de vídeos > Configurações do canal > Monetização)
  • Vá Na página Associação do Google AdSense
  • Clique em próximo
  • Escolha Sim Se for usar uma conta Google já existente ou Não se for criar uma nova conta Google
  • Faça o login na sua conta
  • Escolha o idioma (Infelizmente não tem Português Brasil, então aconselho que escolham Inglês mesmo)
  • Clique em continuar
  • Preencha todos os campos solicitados do formulário de inscrição
  • Muita atenção no campo "Nome do beneficiário"
  • Para finalizar clique em Enviar minha inscrição
  • Basta então aguardar sua inscrição ser aprovada

Monetização ativa, canal associado ao AdSense! Agora é só ativar a monetização nos vídeos

Então pessoal é isso! Espero que o poste tenha ficado bastante claro e que você possam que saber ganhar uma boa grana com essas dicas. Se tiverem dúvidas deixem seu comentário aqui mesmo, ou visitem o fórum de ajuda do YouTube onde eu sou principal colaborador e poderia está orientando vocês

Padre culpa pais por acidente na Boate Kiss e causa polêmica - O religioso chegou a se negar a realizar a missa em memória dos 242 jovens mortos no incêndio

O padre Odair Rizzo, da cidade de Farroupilha (RS), causou polêmica ao declarar em uma rádio que a culpa do incêndio da Boate Kiss é dos pais dos jovens.
A declaração foi dada na terça-feira (28) para a rádio Spaço FM um dia após o acidente completar um ano. O religioso acredita que os pais não deveriam permitir que os filhos frequentassem a boate.
“Se os pais fossem um pouquinho mais responsáveis no papel de pai e mãe, sabendo dar o amor aos filhos eles (os filhos) não procurariam lugares inadequados o espaço para ter o lazer. (…) Agora não adianta chorar, a tragédia já aconteceu (…) Os pais e mães devem se sentir responsáveis e não, agora, sentir remorso porque não souberam acompanhar os filhos (…)”, disse ele.
A Boate Kiss era um dos principais espaços de festas da cidade Santa Maria. No dia 27 de janeiro de 2013 acontecia uma festa dos universitários da cidade quando um dos músicos usou um sinalizador fazendo com que o teto pegasse fogo.
O incêndio deixou 242 mortos e centenas de feridos se tornando uma das maiores tragédias da história do Brasil.
Ao saber da entrevista a Associação dos Familiares das Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), Adherbal Ferreira, comentou dizendo que não é a primeira vez que o padre se posiciona sobre a tragédia.
Ferreira lembra que no ano passado o padre Odair Rizzo se negou a rezar uma missa em memória das vítimas e fez o mesmo esta semana quando os pais e amigos o procuraram para a missa de um ano.
A rádio deu direito de resposta à AVTSM, o padre voltou a ser ouvido e pediu desculpas, dizendo que suas frases repercutiram mal. “Se eu disse alguma frase que repercutiu mal, que não pegaram o todo, eu tenho a obrigação, como padre, de pedir desculpa e colocar a coisa bem clara. A gente não quer o mal de ninguém, pelo contrário, a gente sofre com aqueles que estão sofrendo”.

Clipe Imperador STARA HD Clipe Oficial - Clipe faz sucesso com dançarinas em cima de máquina agrícola Fabricante do Rio Grande do Sul lança música e dança do Imperador para divulgar pulverizador agrícola. Vídeo já tem 1,4 milhão de visualizações





O clipe para divulgação de uma máquina agrícola fabricada no Rio Grande do Sul virou um verdadeiro hit na internet. O Imperador CA 3100 é um pulverizador autopropelido da marca Stara, único do mundo com barras centrais para expelir o produto. Mas, como explicar as qualidades da máquina de uma forma mais fácil e divertida?



O marketing da empresa bolou uma música no estilo sertanejo universitário para resolver isso e ainda agregou mais um bom motivo para comprar o Imperador: atrair mulheres como em um Camaro Amarelo ou uma Dodge Ram. O clipe deu certo e até esta sexta-feira já foi visto 1.479.322 vezes no YouTube.

CLIQUE E VEJA IMAGENS DO CLIPE! 

Na história, um jovem fazendeiro vai até uma revenda e compra um Imperador. Na volta para casa, passa por um bar lotado de belas moças e faz o maior sucesso. As meninas sobem na máquina e vão todas para a lavoura aprender a 'dancinha do Imperador'. O refrão da música imita o movimento da máquina trabalhando: “Imperador, levanta os braços/ segura em cima / só mexe em baixo”, por sinal muito bem executado pelas moças.


Assista ao vídeo (veja até o final, vale a pena):


O curioso é que toda produção da música e clipe foi feita pelos próprios funcionários. Os homens que aparecem no vídeo são empregados da empresa, com exceção das moças, contratadas em Porto Alegre. O local de gravação fica na cidade e zona rural de Não-Me-Toque (RS), onde está instalada a fábrica. Além disso, a banda que toca a música no vídeo também é composta por funcionários.

“O vídeo é uma brincadeira com nossos clientes e vendedores. A música e a dança já existiam há mais tempo e são executadas no final das visitas feitas por produtores rurais à fábrica. Em novembro resolvemos fazer o clipe para exibir em vídeo após palestras”, conta Nádia Pilger, do departamento de Marketing da Stara.


Camaro Amarelo? Dodge Ram? Land Rover? Fiorino? Que nada, para os gaúchos quem atrai mais é o Imperador! (Reprodução/YouTube)
Camaro Amarelo? Dodge Ram? Land Rover? Fiorino? Que nada, para os gaúchos quem atrai mais é o Imperador!


Apesar da repercussão da música, a empresa ainda não sabe mensurar se aumentou a procura pela máquina. “Nós não medimos se houve crescimento nas vendas, até porque a empresa estava em férias coletivas. Não é uma ação comercial: é uma brincadeira para fixar as características da máquina”, afirma Pilger.

E você, gostou da Dancinha do Imperador?

CLIQUE E VEJA IMAGENS DO CLIPE!



Clipe já teve mais de 1,4 milhão de visualizações no You Tube (Reprodução/YouTube)
Clipe já teve mais de 1,4 milhão de visualizações no You Tube

Conheça os incríveis benefícios da água da berinjela! Ela ajuda a diminuir a barriga, a reduzir a celulite, a emagrecer e ainda combate o colesterol. Ouça a matéria produzida pela equipe de rádio do Canal Minas Saúde:

Canal Minas Saúde - Áudio




DILMA - Tá Sobrando Dinheiro ??? ✰ 27.01.2014 @rachelsherazade



Abordando o caso do financiamento público brasileiro a obras em Cuba, bem como os gastos irrestritos e o perdão de dívidas de ditadores africanos, a jornalistas Rachel Sheherazade fez algumas indagações em programa recente. 

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

O Território


Por  
Médico Especialista em psiquiatria pela ABP e AMB, Mestre em Ciências da Saúde pela UnB, Pós-graduado pela Universidade de Madri-Espanha e pelo Servizi di Salute Mentale de Trieste-Itália. Psicoterapeuta em formação esquizoanalítica pela FGB.

Para quem já sentiu a desterritorialização em seu espírito, em suas entranhas, lamento, me compadeço e me solidarizo profundamente. Talvez não haja sentimento mais avassalador que este de se perder nas gélidas e obscuras terras de não se reconhecer mais como sujeito. O conceito de território, muito longe daquele meramente geográfico que conhecemos e que apenas define de forma muito precária o ‘território do espírito humano’, diz respeito a reconhecer-se e existir em algo ou alguém, num fluxo e refluxo de significados e registros permanentes. Temos um território no colo da pessoa amada, no olhar materno que nos embala desde cedo, ao chegarmos em casa depois de uma viagem e vermos nossos filhos brincando, na cidade em que vivemos, em nossos amigos, nas ruas, esquinas, em pessoas conhecidas, em cheiros, cores, texturas... É onde temos a certeza de que existimos como donos de uma identidade e fazemos parte de algo; uma sensação de ‘pertencença’... 
Ao contrário, entretanto, quando perdemos tais referências tudo se esfacela e o véu da angústia, da insanidade, do desalento paira com seu abraço mortal nos enlouquecendo, ensurdecendo e cegando. Não há dor maior que aquela de não pertencer à coisa alguma ou a lugar nenhum. É a dor pálida da solidão que arranca a pele aos poucos e provoca o vômito da própria alma. É o sentimento de banzo dos negros escravizados trazidos da África ao Brasil, que lentamente morriam de saudade da terra natal naquele novo lugar que lhes era estranho e onde não se achavam em nada nem em ninguém. Eis, portanto, a noção de desterritorialização: quando se perde todas as referências internas e externas e aos poucos não se reconhece sequer a própria existência...
Como se evita sentimento tão cruel? Jamais deixando as origens ou tudo aquilo que se constituem em registros primários? Essa, de fato, é uma postura bem típica de culturas e tradições enraizadas em torno do núcleo familiar. Não creio que seja um caminho necessariamente saudável, pois conviver fusionado às matrizes pode se tornar uma dependência recíproca tão doentia que empobrece os seres. Penso haver uma força maior que nos move em busca do território almejado, onde quer que estejamos. E sobre isso me vem à mente uma cena marcante de um filme chamado “Amor além da vida” com Robbin Williams. É quando ele vai ao inferno em busca da amada que tinha perdido totalmente a identidade. Ela já não sabia quem era, pois havia se demenciado naquele umbral. Lá chegando, seu mentor lhe diz que teria poucos minutos pra resgatá-la, do contrário também perderia a razão e não saberia mais quem era, não podendo, inclusive, retornar. Ele diz ao mentor: “Irei resgatá-la, mas se tiver que me perder, me perco junto dela...” Este é o verdadeiro lugar e território: o do encontro com o ser amado, onde nos reconhecemos, sentimos familiaridade, nos consolamos, além de sermos capazes de irmos juntos com ele ao inferno e nos resignarmos em atitude de doação e espera. 
Seja em sua cidade ou numa terra distante, em casa com a família, com o ser amado, filhos, amigos, eu digo - como veterano cansado das proximidades do abismo: cuide muito, mas muito mesmo daquilo e de quem você ama. Todos trabalhamos muito, por vezes demais; lutamos com garras almejando isso e aquilo, mas no final o que precisamos mesmo é amar e sermos amados, cuidar e sermos cuidados. É o que dá sentido à caminhada e faz com que dinheiro, poder e ganância sejam apenas subterfúgios à dor de existir. Nos cuidados mais simples e mais cotidianos está a grande fórmula para se cultivar um grande amor, onde existiremos em nossa plenitude e enfrentaremos todos os temporais, pois, no final é ele quem nos brindará com fartura o espírito sedento. Feliz daquele que pode ter alguém que siga junto a jornada enchendo a vida de sentido. O resto, acreditem, vem e vai com as épocas, com as culturas, com os modismos. O amor jamais saiu ou sairá de moda. Preserve e valorize se tem um, pois ele é o maior e mais verdadeiro dos territórios humanos. 

O Eu dividido - Três ou quatro apontamentos sobre a existência psicótica

Por  
Psicóloga formada pelo CEULP/ULBRA, Colaboradora do (En)Cena.


“A experiência e comportamento que recebem rótulo de Esquizofrenia é uma estratégia
especial que uma pessoa inventa para viver uma situação insuportável”

R.D. Laing

Nesse resumo sucinto discorro algumas das idéias do psiquiatra escocês Ronald D. Laing contidas no livro O Eu dividido (The Divided Self – 1960), a respeito da existência psicótica.
Ronald D. Laing foi, no decorrer da sua vida, bastante criticado por algumas correntes psiquiátricas, principalmente as mais clássicas. De fato, seus estudos diversificados, misturando misticismo, psicanálise e psicopatologia ganharam entoadas diferentes e, por vezes, contraditórias, mas por nenhum momento as críticas puderam retirar-lhe o mérito de ter abordado a psicose de maneira tão afinca e profunda. O existencialismo sartreano muito influenciou as concepções do psiquiatra. Nesse sentido, Laing dizia da psicose como uma tentativa do sujeito em significar a sua própria existência. Ou seja, a psicose em si seria um significado existencial.
Ferrenhamente contrário à linguagem psiquiátrica, Ronald D. Laing objetava tudo o que tinha a função de circunscrever o sujeito, embora ele mesmo tenha criado conceitos para explicar a sua maneira de enxergar a psicose (e o sofrimento, a solidão e o desespero embutidos nela).


Um dos primeiros conceitos apresentados por Laing (e talvez o fundamento de todos os outros) no inicio de seus estudos sobre a psicose é o conceito da Insegurança Ontológica. De acordo com Gabriel e Carvalho Teixeira (2007), a Insegurança Ontológica para Laing seria uma experiência irreal ou uma sensação de não estar vivo, o que conduziria o sujeito a uma preocupação central em sua auto-preservação (ao invés de uma preocupação com a auto-gratificação). Foi a partir desse conceito que o autor introduziu o termo “o eu-dividido”, se referindo à percepção fragmentada que o sujeito psicótico tem de si. Nessa percepção, o sujeito se questiona quanto à sua existência, à sua essência e à sua identidade.
Analisando alguns sinais e sintomas nosológicos da psicose junto aos conceitos introduzidos por Laing, é possível dizer da Insegurança Ontológica como crença mantenedora ou alimentadora do embotamento afetivo e da postura esquiva frente aos relacionamentos interpessoais, já que o psicótico vai se “trancando” dentro de si mesmo, deixando de ser “um para o outro” para ser “um para si”. A noção de ser desintegrado ou dividido, aproxima-se da noção de divórcio entre um eu falso, ou self falso, e um eu verdadeiro, que não se manifesta; fica guardado somente para o sujeito. Nesse eu (que é dividido), há um que é uma casca e pode ser deteriorado, enquanto há o outro intocável, impenetrável, inatingível e inacessível. A partir dessa conceituação Laing defendeu que não há propriedade para se falar de um psicótico quando não se é um. Para o psiquiatra a psicose enquanto agravamento ou doença seria nada mais do que a retirada da casca do falso self, o que comumente chamamos de surto, ou crise.
Na Insegurança Ontológica há três tipos de ansiedade vividas pelas pessoas ditas psicóticas. O primeiro tipo é o Engulfment ou absorção, que seria uma sensação constante de perda de identidade, onde a estratégia de preservação usada é o isolamento; o segundo tipo é aimplosão, que seria uma constante sensação de vazio, onde esse vazio é o próprio sujeito e a realidade é tida como algo perigoso capaz de tomar o lugar do vazio e, por fim, destruí-lo; e apetrificação ou despersonalização como terceiro tipo de ansiedade, seria o medo constante da perda da subjetividade. Frente a essas ansiedades, muitos dos sintomas psicóticos são, na verdade, estratégias protetoras contra a Insegurança Ontológica. Algumas estratégias parecem contraditórias, mas no fundo prezam por uma existência que é, a todo instante, ameaçada. 
Em suma, Ronald D. Laing defendeu a psicose como uma maneira diferente do sujeito existir no mundo, propondo uma análise fenomenológica-existencial dos sintomas ditos irracionais ao invés de uma análise neurofisiológica do quadro psicótico. Nas obras posteriores ao “O Eu dividido”, estudou e discorreu a respeito dos fatores sistêmicos relativos à existência psicótica, como vínculos familiares e aspectos culturais (e por vezes místicos) entrelaçados à temática da loucura. 


Referências:
LAING, R. D. (1990). The divided self: an existential study in sanity and madness. London / New York: Penguin Books.
GABRIEL Guiomar. & CARVALHO TEIXEIRA, J. A. (2007). Ronald D. Laing: a política da Psicopatologia, Análise Psicológica, 4 (XXV), 661-673.

Designação de professores gera insatisfação em Montes Claros - Profissionais da educação reclamam do descaso do Estado. Superintende regional alega sobrecarga no sistema da Secretaria.

Convocação de profissionais da educação gera frustações aos servidores. (Foto: Jucilene Magalhães)

O cronograma de designação dos professores está determinado entre os dias 28 a 30 de janeiro de 2014. Mas já se passaram dois dias e nenhuma contratação ainda foi feita. Profissionais comparecem a Escola Plínio Ribeiro e reclamam da falta de informação e se preocupam com o ano letivo que se inicia na próxima semana na rede estadual.

No site da Superintendência Regional de Montes Claros informa a disciplina, dia, local e horário para a convocação. Na sede tem funcionários de plantão, mas que dizem não ter recebido autorização de Belo Horizonte para a liberação e preenchimento das vagas.

Maurício Soares Barbosa, professor de matemática e física, entrou em contato com a Secretaria e foi informado que a convocação aconteceria às 8h. O profissional diz que isso só atrapalha o trabalho dos professores e lamenta o descaso do Estado para com os servidores.

“Em primeiro lugar não tem como se fazer um plano de aula previamente porque não se sabe qual é a turma, série e ano que vai trabalhar. Outra coisa é a falta de esclarecimento da Secretaria, pois a gente gasta combustível com deslocamento pra chegar aqui e nem saber se vai ser atendido ou divulgada as vagas”, diz.

O coordenador regional da Sind-Ute cobra maior agilidade nas contratações. (Foto: Jucilene Magalhães)
O coordenador regional da Sind-Ute cobra maior
agilidade nas contratações.
(Foto: Jucilene Magalhães / G1)
O coordenador regional do Sind-Ute, Carlos Alberto Athayde Morais, teme pelo comprometimento do calendário escolar. “Todos os anos acontecem vários problemas, mas 2014 é um ano atípico por causa da Copa do Mundo, então a qualidade da educação e o próprio funcionamento básico das escolas fique prejudicado”.

Carlos afirma que o sindicato cobra todos os anos da Secretaria Estadual de Educação uma maior agilidade na convocação dos profissionais. “O que está acontecendo é a publicação das vagas só que a Secretaria não está autorizando a posse destas, então está havendo uma falta de respeito e os profissionais de educação saem daqui decepcionados e frustrados”, revela.

Robson Figueiredo, superintendente regional de educação, afirma que há problemas técnicos no desenrolar das convocações. “Está havendo uma sobrecarga em todas as superintendências e não está tendo tempo hábil para liberação. É um problema eletrônico e não administrativo, tanto é que estamos com o cronograma preparado e autorizado por Belo Horizonte”, ressalta.

O superintendente garante que até terça-feira a maioria das designações estará solucionada. Quando perguntado sobre o ano letivo começar e não ter ocorrido a contratação de todos os professores, ele respondeu que o ano letivo vai funcionar normalmente.

“Temos uma margem para agilizar nosso calendário e também as escolas que tem seus efetivos e efetivados vão estar com um horário provisório atendendo nossos alunos” informa.

Justiça dá prazo de 30 dias para índio Xakriabá deixar fazenda invadida em Itacarambi

### Relator do processo diz que cabe aos indígenas demonstrar que área pertence a território tradicional
Foto: G1 Grande Minas
Um revés na cruzada que lideranças da etnia Xakriabá levam adiante para aumentar a área da reserva indígena localizada em São João das Missões – no extremo Norte de Minas. A 5.ª turma do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região, em Brasília, estipulou na última sexta-feira (24), prazo de 30 dias para que o grupo formado por cerca de 500 índios desocupe a Fazenda São Judas Tadeu, que fica na comunidade de Vargem Grande, a 36 quilômetros de Itacarambi. 
A área foi invadida na noite de 1.º de setembro do ano passado (foto) porque supostamente seria área remanescente dos antigo território ocupado pelos Xakriabá antes da chegada do homem branco há coisa de 400 anos. Os índios, que tiveram recurso negado, querem a posse das terras por entender que a fazenda integra uma área de aproximadamente 46 mil hectares tradicionalmente ocupada pela etnia Xakriabá. A decisão, que deve ser publicada em diário oficial nas próximas horas, é favorável aos proprietários da fazenda e ratifica liminar expedida pela 2.ª Vara Federal em Montes Claros, que reconheceu haver indefinição quanto à demarcação correta da terra indígena. 
No processo, os fazendeiros donos das terras acusam os índios de invadir a propriedade fortemente armados. Já a Funai, que também é parte no processo, diz que “a permanência dos indígenas na área em litígio seria adequada à proteção de seus direitos fundamentais, notadamente, porque já teriam sido realizados estudos antropológicos e fundiários com a finalidade de revisão dos limites da terra indígena Xakriabá”. 
A etnia foi reconhecida pelo Estado em 1987 – inicialmente em uma área de 10 mil hectares, sem acesso à água –, mas o Ministério Público Federal (MPF) aponta que o decreto que homologou sua demarcação não foi precedido dos estudos de fundamentação antropológica e nem orientado pelas concepções de tradicionalidade das terras indígenas, asseguradas no artigo 231 da Constituição Federal. “Nesse contexto, foram excluídas parcelas significativas do Território Xakriabá”, defende o MPF. 
Essas inconsistências levaram a Funai a iniciar novos estudos, em 2007, para rever os limites das terras indígenas Xakriabá e Xakriabá Rancharia. Em 2011, outro grupo de trabalho foi criado para corrigir falhas do relatório e ampliar a demarcação, que passou de 25 mil para 46 mil hectares. Os estudos, agora, estão em estágio avançado e aguardam aprovação da Funai. Quando e se for autorizada a expansão dos atuais limites da reserva Xakriabás, estará pronto o caldo de possível conflito fundiário na região, porque há risco iminente de que famílias de pequenos proprietários também percam suas terras.

Polícia do Canadá acusará Justin Bieber por ataque a motorista

O cantor canadense Justin Bieber, de 19 anos, teve que se apresentar nesta quarta-feira em uma delegacia de polícia de Toronto por causa de um incidente ocorrido em 29 de dezembro no qual o motorista de sua limusine foi atacado.


Polícia do Canadá acusará Justin Bieber por ataque a motorista


A televisão pública canadense, “CBC”, que citou fontes policiais, disse que está previsto que Bieber se apresente para formalmente ser acusado.
Bieber foi detido na semana passada em Miami, nos Estados Unidos, acusado de dirigir sob efeito de álcool e drogas, resistir a prisão e estar com a permissão para dirigir vencida.
O incidente em Toronto aconteceu em 29 de dezembro, quando Bieber foi assistir uma partida de hóquei sobre gelo.
Segundo informações divulgadas no final de ano, um integrante do grupo que estava com Bieber atacou o motorista da limusine do cantor.
AgÊncia EFE

Ex-prefeito de São João das Missões é condenado por improbidade



Transitou em julgado, não cabendo mais recursos, a decisão judicial que condenou o ex-prefeito de São João das Missões (foto), Ivan de Sousa Correa (PR), o “Correinha”, por improbidade administrativa.
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região, com sede em Brasília (DF), não acatou o recurso de apelação que havia sido interposto pelo político em face da sentença condenatória de primeiro grau, proferida pelo Juiz Federal Carlos Henrique Borlido Haddad, da 1ª Vara Federal de Montes Claros, em junho de 2012.
Correinha foi acusado pelo Ministério Público Federal de desviar recursos do Programa de Incentivo à Atenção Básica aos Povos Indígenas, transferidos ao Fundo Municipal de Saúde de São João das Missões pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS), no período de janeiro de 2002 a abril de 2004.
Segundo o MPF, os recursos, no total de R$ 1,4 milhão, destinavam-se a apoiar a implantação de agente de saúde indígena e de equipes municipais para atenção à saúde das comunidades indígenas. São João das Missões, com 11,7 mil habitantes, é um dos mais pobres municípios da região norte de Minas Gerais. Parte considerável do seu território é área indígena ocupada pela etnia Xacriabá.
Em sua defesa, o político alegou que não houve malversação dos recursos. Admitiu que desviou parte do dinheiro para pagamento de outras despesas do município e que a maior parte foi usada na reforma e construção de postos de saúde. Alegou que poderia aplicar o dinheiro com discricionariedade, porque não estaria vinculado a nenhum convênio.
Ivan de Sousa Correa foi prefeito de São João das Missões por dois mandatos (2000-2004 e 2004-2009). Para o Juiz Federal Carlos Henrique Borlido Haddad, “é fato incontroverso” que ele desviou parte dos recursos recebidos à época, “no montante de R$ 167,8 mil”. Diante disso, segundo o magistrado, “resta claro que a conduta importou em lesão ao erário”.
Além da condenação por ato de improbidade, o juiz levou em consideração “a extensão da lesão gerada ao erário” para aplicar ao político multa no valor de R$ 20 mil, além do ressarcimento integral do dano, no total de R$ 167,8 mil, corrigido desde janeiro de 2002 até a data do pagamento.
Correinha também está proibido de contratar com o Poder Público, receber benefícios fiscais ou creditícios pelo prazo de cinco anos, e teve seus direitos políticos suspensos por seis anos, o que o deixará impedido de disputar eleições até 2020.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

SERÁ QUE A LOUCURA TEM QUE ACABAR?

A Loucura tende a acabar?


Por  
Mestre em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC. Coordenadora e professora dos cursos de Sistemas de Informação e Ciência da Computação do CEULP/ULBRA. Acadêmica de Psicologia do CEULP/ULBRA.

Entrevista¹ da psicóloga, escritora e professora Elisabeth Roudinesco ao programa Roda Viva da TV Cultura em 31 de maio de 1999.

Na entrevista cedida ao programa Roda Viva pela psicóloga, escritora e professora da École des Hautes Études em Sciences Sociales de Paris, Elisabeth Roudinesco, foram apontados diversos temas sobre a Psicanálise, a Psicologia e alguns dos seus maiores expoentes (Lacan e Freud). Como a entrevista foi realizada em 1999, as perguntas tiveram como foco o final do século. No inicio da entrevista, Roudinesco já diz que o final do século XX está marcado pela depressão, assim como o final do século XIX foi marcado pela histeria. Segundo suas palavras, a “normalização” é o cerne desse final de século, especialmente a tendência a uma homogeneização perigosa. Isso é visível depois do fim do comunismo e a massificação política e econômica estimulada por uma globalização em seu estágio mais latente e pelo poderio econômico dos EUA. Quando questionada sobre o quão revolucionário foi o pensamento de Freud, ela disse que “ele não queria mudar o homem, mas compreendê-lo”. Isso não era revolucionário, mas novo. Um novo que permeava muitas áreas e estava presente em diversas demonstrações artísticas, como na poesia de Rimbaud e na sua constatação de que o “eu é um outro”. 
Um dos entrevistadores perguntou o “quão subversivo é o pensamento de Lacan?”, já que no livro biográfico sobre ele (escrito por ela) essa questão era pungente. Roudinesco diz que Lacan, em sua vida pessoal, foi um conservador, vivia em uma desilusão permanente, mas foi responsável por uma releitura filosófica da obra de Freud. Para Lacan, não podia existir Psicanálise em países sob o regime do totalitarismo, porque “não se pode associar livremente quando não se tem liberdade de expressão”. O interessante é que há duas vertentes para os caminhos do entendimento (ao menos, filosófico) do homem, uma com uma linha mais sistemática, como apregoava os estruturalistas (Focault é um exemplo disso) e outra mais livre (tendo em Sartre um expoente). Para Lacan, a Psicanálise é uma filosofia da liberdade e ele diz isso em pleno advento dos estudos biológicos do homem.
A era da psicofarmacologia, de certa forma, provocou um descrédito em muitos aspectos da Psicanálise, mas em contrapartida, não conseguiu refutá-la. Isso porque mais do que uma máquina organicamente estruturada, o homem é uma polifonia de vozes pouco compreendida. O interessante é que a Psicanálise pode ser considerada também uma filosofia do consciente, já que é este que valida (ou ao menos suscita) a existência do inconsciente. Se no consciente estivessem todas as respostas, não haveria necessidade da definição do inconsciente.
Uma questão levantada por alguns dos entrevistadores foi o embate entre a Psicanálise e as Neurociências. Sobre isso, foi citado pela entrevistada que há um reducionismo na compreensão do ser humano, assim o estudo é muitas vezes conduzido pelo viés exclusivo do comportamento, deixando questões importantes como o “sentido” e a subjetividade. Acrescenta-se a isso, a existência de inúmeras formas de classificação dos transtornos mentais que, no entanto, em sua maioria, explica organicamente os sintomas, mas retiram do ser humano suas singularidades. As descobertas neurocientíficas ajudaram na compreensão do homem, mas ainda não são suficientes para defini-lo, assim como também tal compreensão não é possível somente com a Psicanálise. Roudinesco criticou o fato das questões do “sentido” serem abandonadas na busca por um cientificismo puro, como também a ideia do sofrimento psíquico ser compreendido, muitas vezes, como um sofrimento apenas físico, rejeitando a observância da “subjetividade”. Escutar a depressão e aprender alguma coisa com ela, como Freud fez com a histeria no final do século XIX, talvez seja um ponto importante para trazer a Psicanálise ao cerne das discussões sobre o ser humano. Nesse ínterim, a generalização é um problema, pois hoje quase tudo é diagnosticado como depressão.  Estamos na era do Prozac, assim, para qualquer sintoma, dá-se a mesma droga. A questão imposta é resolver os problemas de forma rápida, esconder a dor, vender felicidade em frascos, tratar conjuntos de sintomas de uma mesma forma, ou seja, homogeneização e superficialidade. E, claro, por detrás de todo esse embate há uma questão econômica profunda, há os interesses das empresas farmacêuticas e de alguns Governos.
Para terminar, o jornalista responsável pela moderação fez a seguinte pergunta: “a loucura tende a acabar?”. Abaixo a transcrição da resposta da entrevistada:
“Não. A condição humana não termina nunca. Isso é um sonho. A loucura existe desde o início dos tempos, como a sexualidade, como o suicídio, como a morte. O que muda é a representação que fazemos dela. Na idade média, o louco não tinha o mesmo lugar que tem hoje. O grande movimento se deu quando se considerou, a partir do século XVIII, que a loucura era uma doença mental. Essa foi a mudança. Antes, falava-se em possessão de demônio, que era a expressão entre os antigos de uma fúria interna ligada ao organismo etc. Hoje, tudo é considerado do ponto de vista da doença. É nossa época. Mas, pensava-se que seria vencida, pois poderíamos curá-la, como se cura uma doença. Mas, não. E a prova é que se pensava isso também do suicídio. Que os remédios venceriam o suicídio. Mas, não se pode vencer os grandes tabus da condição humana. Ela continuará sendo a mesma. A humanidade não pode curar-se do que ela é. Já imaginaram uma sociedade que eliminasse a morte, o suicídio, a loucura, o que mais? Curaríamos a neurose. Mas, seríamos o que, então? O que seria do homem livre de suas paixões? Seria um cemitério! ”.
Essa finalização filosófica sobre a condição humana mostra-nos o paradoxo que reside em nossa natureza, ou seja, queremos respostas, mas precisamos das dúvidas. Lutamos contra as neuroses, obsessões e a própria loucura, mas sem elas perdemos grande parte dos nossos ícones, dos homens e mulheres que fizeram desse mundo um local mais interessante. Buscamos a felicidade, como a um Santo Graal, mas internamente sabemos que esta “felicidade” é momentânea, ou seja, existe até novas angústias se abaterem sobre nós e novas buscas elidirem em nossas mentes. Umberto Eco, em Baudolino, mostra claramente que não se pode vender felicidade em frasco, pode-se atenuar a dor, mas não se pode extingui-la, pode-se querer encontrar o Santo Graal até compreender que existem vários espalhados em nossos caminhos e que a busca nunca acaba. Enfim, a extinção da dor, da angustia e do medo nos robotiza e nos superficializa, ou seja, tira-nos a condição humana.

Nota: Trabalho desenvolvido como atividade da disciplina Psicologia Clinica I do curso de Psicologia do CEULP/ULBRA