pauta do Felício Rocho.
O implante de marcapasso é conhecido por ser necessário em pessoas com insuficiência cardíaca grave, mas também em pacientes com cardiomiopatia hipertrófica, síndrome do seio carotídeo, com doença cardíaca congênita, dentre outras. De acordo com a Associação Brasileira de Arritmia, Eletrofisiologia e Estimulação Cardíaca Artificial (Abec), existem no país cerca de 300 mil pessoas com marcapasso implantado.
É comum que nessa população suscite uma dúvida genuína: uma pessoa com marcapasso implantado pode realizar atividades físicas? A cardiologista do Hospital Felício Rocho, Eliana Lopes responde. “A resposta é sim. Aliás, não só pode como é recomendável que pratique. O papel dos exercícios físicos, nesses casos, é reduzir o impacto do dano cardíaco provocado pela doença que acometeu o paciente. É como realizar sessões de fisioterapia para reabilitar os movimentos de um membro danificado, por exemplo”, compara.
No entanto, ele alerta que essa atividade deve ser iniciada após consulta e esclarecimentos do cardiologista. Isto porque ele fará uma análise prévia para apontar como os exercícios devem ser feitos. “Há questões importantes, como a intensidade e a frequência, que devem ser obedecidas à risca. O paciente precisa respeitar essas limitações, ainda que, com o tempo, ele consiga desenvolver a melhora da performance na atividade”, explica a cardiologista do Felício Rocho.
Ele atenta para atividades como natação, caminhada e as atividades nas academias. “Desde que iniciem com um ritmo mais leve para moderado, não há restrições, mas isso deve acontecer rigorosamente sob orientação médica. Jamais o paciente deve iniciar uma atividade sem informar ao cardiologista”, adverte.
Por outro lado, ainda que os exercícios físicos sejam bem-vindos, Eliana Lopes aponta que o indivíduo que teve um marcapasso implantado não está livre para praticar qualquer atividade. “As restrições para uma pessoa que se submeteu à cirurgia passam pela preservação do aparelho implantado. Então esportes de contato, como artes marciais, boxe e futebol, não são recomendadas. Um golpe ou uma bolada na região pode comprometer o funcionamento do marcapasso e colocar a vida do paciente em risco”, argumenta.