quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Ex-vereador é condenado por improbidade administrativa em Araxá - Agno de Castro Rosa é suspeito de usar gabinete e trabalho de servidora. Ex-vereador disse que vai recorrer da decisão.


Juiz Caríssimo deu a sentença por improbidade
administrativa (Foto: Reprodução/TV Integração)


O ex-vereador de Araxá, no Alto Paranaíba, Agno Rosa de Castro (PMDB), foi condenado em primeira instância nesta terça-feira (3) por improbidade administrativa.
De acordo com a sentença dada pelo juiz eleitoral Rodrigo da Fonseca Caríssimo, o ex-vereador, que atuou na Câmara Municipal entre 2005 e 2008, usou o gabinete e o trabalho de uma servidora pública para administrar interesses particulares da Liga Araxaense de Desportos (LAD), insituição que promove campeonatos de futebol amadores do município, da qual era presidente. Ao G1, Agno informou que discorda da sentença e que vai recorrer da decisão.
De acordo com a sentença, “houve desvio de finalidade com a prática por ato de improbidade que implicaram o enriquecimento ilícito de terceiros atentando dolosamente contra os princípios da Administração Pública”.
Em depoimento, a servidora pública Maria Abadia da Silva Rosa, que supostamente prestava serviços para o vereador e para a  (LAD), disse que a sede funcionava na Avenida Imbiara, porém alguns serviços eram feitos na Câmara Municipal. Ainda segundo o depoimento da servidora, ela não prestava serviços para a liga, apenas para a Câmara.
Caríssimo julgou procedente o processo e suspendeu os direitos políticos de Agno Rosa pelo prazo de três anos e o condenou ao pagamento de multa civil no valor equivalente a duas vezes o último subsídio como vereador no mandato de 2005 a 2008, acrescido juros de mora de 1% ao mês a partir da data da publicação da sentença.

Agno Rosa falou com a reportagem do G1 por telefone e informou que vai recorrer da decisão. "Em 2005 eu era presidente e voluntário da LAD, a instituição não tinha orçamento e todos os funcionários eram voluntários. A secretária nunca recebeu ordens para fazer os trabalhos relativos à liga, ela fazia por vontade própria, como voluntária, no horário em que ela podia e dentro ou fora do gabinete. Ou seja, não a atrapalhava a funcionária pública exercer a função dela e o meu trabalho de vereador", comentou.

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