quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Americano agredido no Ceará deixa país e escreve carta: 'Não venham' - Turista foi assaltado e agredido por três adolescentes na Praia do Futuro. Ele saiu do país uma semana após o crime e deixou carta com parentes.

04/08/2015 14h37 - Atualizado em 04/08/2015 14h53









O turista americano que teve o rosto desfigurado durante um assalto na Praia do Futuro, em Fortaleza, deixou o país e escreveu uma carta lamentando a violência no país. Ele deixou o Brasil no domingo (2), uma semana após o crime. Na carta, além do alerta para a violência, ele agradeceu ao povo cearense e disse que ficou encantado com a solidariedade que recebeu.
Billy Wayne foi assaltado por três adolescentes quando estava acompanhado da mulher, que é cearense, em 26 de julho. Ele se disse aliviado por ela não ter sido agredida, mas alertou aos amigos que pretendem visitar o Brasil. “Vou dizer para eles que é perigoso, que precisam deixar joias. O mais importante é que vou dizer que, se possível, não venham para Fortaleza”, relata.
A carta foi escrita no aeroporto da capital cearense, antes do embarque para os Estados Unidos. A família da mulher divulgou a carta para a imprensa nesta terça-feira (4). Em um trecho, ele diz que estar bem de saúde. “Queria agradecer à equipe médica que me atendeu, eu estou bem, mas vou precisar de três a quatro semanas para ficar totalmente recuperado”, diz a carta.
Segundo a delegada de Proteção ao Turista, Adriana Arruda, no mesmo dia, os adolescentes haviam cometido outros delitos na Praia do Futuro. “É um grupo que anda em torno de cinco, todos adolescentes e que eles se revezam no ataque a vítimas”, diz a delegada.
A mulher do turista, Gorete Sprague, que é cearense, se diz revoltada e afirmou que a violência atinge não só os turistas, mas todos os cearenses.  “É muito traumático não só para nós, mas para todos os cearenses”, disse.
Agradecimentos
O turista agradeceu e diz que ser assaltado no país "era a última coisa que eu esperava". Ele  também agradeceu pelo atendimento que recebeu em Fortaleza.

“Eu sei que a maioria das pessoas que conheci em Fortaleza é boa, somente algumas áreas são perigosas. Não é a minha primeira viagem ao Brasil com minha mulher, brasileira, mas foi a minha primeira viagem a Fortaleza. Eu pensei que às duas da tarde de um domingo eu podia caminhar pela calçada da praia, em frente a prédios e restaurantes. Eu estava errado. Ser assaltado era a última coisa que eu esperava no Brasil.”
Segundo a delegada, o mês de julho registrou um aumento no número de crime devido ao crescimento no fluxo de turistas na capital cearense.  Em agosto, segundo ela, esse índice costuma cair.


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