Um pastor de Divinópolis, que desapareceu depois de participar de uma reunião em Belo Horizonte há cerca de dois meses, foi preso nesta quarta-feira (5) suspeito de estelionato. Arlem Silva, da Igreja Pentecostes Independente, havia recebido na época uma quantia em dinheiro pertencente a um projeto social. Ele foi encontrado no munícipio de Corinto após investigação da 1ª Delegacia Regional da Polícia Civil de Divinópolis.
De acordo com o delegado Fernando Jorge Vilaça, Silva que era dirigente da igreja, vendeu ilegalmente vários imóveis pertencentes ao projeto “Somos Amados” sem consentimento e autorização da diretoria da instituição e do conselho fiscal. Ele teria reembolsado cerca de R$ 1,5 milhão com os golpes.
"O suspeito já estava com um comércio na cidade de Corinto. Lá ele foi encontrado com outra família e com a caminhonete que ele foi visto pela última vez. No inquérito foi constatado um desvio de mais de R$ 1,5 milhão, mas acreditamos que ele pode ter desviado um valor maior. Não há suspeitas, ainda, que a família dele em Divinópolis sabia do estelionato, mas as investigações continuam", esclareceu.
O pastor, que não reagiu a prisão, chega a Divinópolis nesta quinta-feira (6). Ele será ouvido na Delegacia de Polícia Civil da cidade e depois será encaminhado para o Presídio Floramar.
Entenda o caso
Arlem Silva desapareceu após participar de uma reunião em Belo Horizonte para tratar de assuntos do projeto “Somos Amados”. O pastor fez contato com esposa às 23h de 12 de junho, informando que estava retornando da capital para Divinópolis. Contudo após esse horário, quando a esposa tentou novamente contato com o marido, as ligações foram direcionadas para caixa postal.
A Polícia Militar (PM) informou que uma caminhonete que seria do pastor foi vista após o desaparecimento. "Realmente tivemos informações sobre a caminhonete, mas não era a dele, ao que parece. É uma situação que não temos muitas informações. A esposa do pastor chegou a passar mal, com problemas de pressão, foi ao hospital por conta dessa situação, passam muitas coisas na cabeça de todos. Esperamos confiantes que ele apareça vivo", disse a dona de casa Isabel Cristina Silveira, que é amiga da família, na época do desaparecimento.
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