quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Esposa de Vereador de Montes Claros recebeu mais de R$ 48 MIL sem trabalhar

Foi denunciada na reunião da Câmara Municipal de hoje, a senhora Elizabeth Soares Rocha Nunes, esposa do vereador Fábio Neves, por exercer o cargo de assessora parlamentar de forma irregular.
Vereador  Fábio Neves
Vereador Fábio Neves

Segundo denúncias recebidas, Elizabeth exerce o cargo de secretária parlamentar no gabinete do deputado federal, Weliton Prado. Porém, a secretária não estaria cumprindo nenhuma função, ou seja, recebendo sem trabalhar.
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De acordo pesquisa realizada no site Portal da Transparência da Câmara Federal, Elizabeth recebe por mês, o salário de R$ 11.940,00 (onze mil, novecentos e quarenta reais). Desde o mês de março, ela teria recebido R$ 48.000,00 (quarenta e oito mil reais) em vencimentos, sem sair de casa.
Os vereadores Eduardo Madureira, Gêra do Chica e Oliveira Lega denunciaram a esposa do vereador Fábio Neves, encaminhando denúncia para a Polícia Federal investigar a situação. Gêra falou da situação na tribuna, durante a reunião ordinária desta terça-feira. “Nós precisamos buscar a moralidade na nossa Câmara. A esposa do vereador Fábio Neves recebe quase R$ 12 mil mensais sem nem saber em qual gabinete está lotada. Vamos analisar se temos o crime de improbidade administrativa, já que o vereador estaria usando do seu cargo para inserir a esposa no ambiente político”, lembrou o vereador.
Madureira comentou sobre a utilização de um jornal da cidade para simular o suposto trabalho da secretária. “Após terem conhecimento sobre a denúncia, os envolvidos utilizaram o jornaleco do prefeito de Montes Claros, Jornal O Norte, para simular o suposto trabalho realizado pela secretária. É lamentável! A senhora Elizabeth recebeu, como funcionária fantasma, R$ 48 mil reais em apenas 4 meses. Isso pode ser visto por qualquer um no Portal da Transparência”.
O vereador ainda lembrou de outro crime que pode estar sendo cometido, “podemos ter também a prática de nepotismo cruzado, que é quando ocorre o favorecimento de parentes no meio político, sendo que, neste caso, a pessoa em questão não desempenha as funções exigidas do cargo”, finalizou. A investigação agora ficará por conta da Polícia Federal.
Para consultar a cópia dos contra-cheques, basta acessar os links abaixo consultando pelo nome da funcionária, Elizabeth Soares Rocha Nunes.
O vereador  foi procurado pela reportagem, na Câmara Municipal de Montes Claros, mas não foi localizado.
VEREADOR FÁBIO NEVES DESMENTE DENÚNCIA E RECLAMA DE PERSEGUIÇÃO POLÍTICA
O vereador Fábio Neves esclarece que é infundada e mentirosa a alegação que alguns colegas do legislativo fizeram em relação à sua esposa, Elizabeth Soares Rocha Nunes. A verdade é que a mesma antes mesmo de ser lotada no gabinete do deputado, em março de 2015 já desempenhava algumas funções inerentes ao cargo de secretária parlamentar de forma voluntária. E, desde quando assumiu o cargo ela tem acompanhado de forma sistemática o andamento das emendas parlamentares destinadas pelo deputado para atender a população de Montes Claros.
Coube a Elizabeth também o papel de organizar os documentos de associações rurais do município para recebimentos de máquinas e implementos destinados a essas comunidades, através de emenda do deputado disponível na CODEVASF. Assim como a fundamental função de coordenar a divulgação das ações do mandato do deputado através da distribuição de informativo em diversos bairros da cidade.
O vereador Fábio Neves lembra também que tanto ele quanto a esposa tem um longo histórico de mais de 12 anos lutando ao lado do deputado contra os abusos da CEMIG e da COPASA no estado. E, inclusive em 2010, Elizabeth Soares foi candidata à deputada federal pelo Partido dos Trabalhadores, e defendendo esta bandeira obteve uma votação de 1.715 votos dos mineiros. Desta forma é mentirosa a afirmação de que a Secretária Parlamentar não tem outros afazeres que não os de cuidar do lar. Assim como também não procede a insinuação de nepotismo, já que ela não tem nenhum grau de parentesco com o deputado. Este por sua vez exerce mandato no âmbito federal, enquanto o vereador legisla apenas no município, o que de acordo com o decreto 7.203 descaracteriza o nepotismo. Quanto à alegação pelo valor do salário e nomeação, vale salientar que o é assegurado ao parlamentar nomear pessoas de sua confiança e remunerar de acordo achar justo, bem como exonerar quando lhe convier.
“O que houve na tribuna da Câmara é resultado da perseguição política de um ‘grupinho’, e principalmente de um indivíduo que até hoje não aceita: ter abandonado, no final de 2011, a barca furada do partido que ele é membro; de ter sido eleito com votação superior à dos dois candidatos do seu partido juntos; de enquanto parlamentar fazer parte de um time que luta pelo progresso de Montes Claros e não por picuinhas políticas, como é o caso deles. Outro elemento desta turma, até hoje vive o remorso de eu ter repudiado desde o início do meu mandato os cambalachos feitos no Programa Minha Casa, Minha Vida principalmente nos Conjuntos Nova Suíça e Santos Dumont, na época em que ele ocupava o cargo de diretor de habitação na prefeitura. Já o terceiro inescrupuloso tenta a todo custo apagar a mancha causada pelo recebimento de forma irregular do Programa Bolsa Família pela esposa do mesmo” desabafou Fábio Neves.
Fábio Neves afirma também que já está tomando todas as providências cabíveis contra os seus perseguidores e que vai mover processo judicial por calúnia e difamação. Assim como está de posse de provas materiais que caracterizam a perseguição política e que serão colocadas a disposição da justiça.




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