O Paraguai espera que o Brasil peça desculpas pelo o que considerou uma violação a seu território, quando militares brasileiros entraram em uma perseguição contra contrabandistas na sexta-feira, afirmou neste domingo o chanceler Eladio Loizaga a jornalistas.
"Foi uma flagrante violação da soberania fluvial", argumentou o ministro das Relações Exteriores paraguaio, que pediu "uma resposta satisfatória" das autoridades brasileiras.
Loizaga disse que o governo de Horacio Cartes apresentou um protesto diplomático depois de convocar seu embaixador de volta a Assunção.
Os militares brasileiros que teriam ultrapassado a fronteira participavam desde o mês de julho da "Operação Agatha", de repressão ao contrabando.
Segundo fontes do governo paraguaio, os brasileiros trocaram tiros com supostos contrabandistas na altura do Porto Adela, do Paraguai, que fica em frente o Porto Mendes, do Brasil, sobre o lago de Itaipu.
A Operação Agatha é executada em toda a fronteira do país e, segundo as autoridades brasileiras, o Porto Adela é um dos epicentros do contrabando de diversas mercadorias.
O ministro Loizaga disse lamentar o incidente que acontece "em um momento em que as relações estão em seu melhor estado". "Logicamente, esperamos a resposta e que isso não se repita", completou.
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