26/04/2016 22:50
Dos 30 detentos que fugiram do Centro de Triagem e Observação Criminológica na madrugada de segunda-feira (25), a Polícia do Ceará já capturou 12 e 18 continuam foragidos. Os presos cavaram um túnel de cerca de cinco metros em direção a área externa. Inaugurado em 2014, o centro fica em Caucaia, na região metropolitana de Fortaleza, e tem a função de direcionar o preso para unidades prisionais conforme o perfil de cada um. Segundo informações da Secretaria da Justiça e Cidadania do Ceará (Sejus), o local tem 400 vagas rotativas e abcriga detentos no máximo por 15 dias. Para o Sindicato dos Agentes e Servidores Públicos do Sistema Penitenciário do Estado do Ceará (Sindasp-CE), a estrutura atual não é suficiente para a demanda. Diretor Financeiro da entidade, Natanael Andrade esclareceu que o centro foi construído a partir da reserva de um dos pavilhões da Unidade Prisional de Caucaia. Além de o prazo de permanência chegar a 90 dias, o centro abriga, segundo ele, cerca de 600 detentos. “O sistema penitenciário precisa de um centro de triagem, mas de algo construído com essa finalidade. Hoje, o centro existente serve mais como unidade penal, com presos permanecendo lá muito mais tempo do que o necessário e sem um local para se estabelecer.” Detentos da Unidade Prisional Agente Luciano Andrade Lima, localizada em Itaitinga, também na região metropolitana de Fortaleza, foram transferidos para outros presídios após uma rebelião na semana passada causar danos à infraestrutura do prédio. De acordo com a Sejus, 229 internos foram distribuídos entre outras duas unidades. A transferência ocorreu para que os danos causados pelo motim sejam consertados. Segundo a secretaria, os presos quebraram celas e arrancaram grades. Cerca de 120 pessoas, entre agentes penitenciários e policiais militares, acompanharam o processo durante o dia de ontem (25). A Unidade Prisional Agente Luciano Andrade Lima é um dos dois centros destinados a presos provisórios que foram interditados pela Justiça em março. Para o juiz corregedor dos presídios de Fortaleza, Cézar Belmino Barbosa Evangelista Júnior, o local apresenta condições desumanas, com celas superlotadas e sem ventilação. Conforme a Sejus, os reparos começaram ontem e os internos que permanecerem na unidade serão remanejados entre os pavilhões para que outros espaços sejam consertados. Na determinação judicial, Belmino dava ao governo estadual a opção de reformar as unidades interditadas. A secretaria não informou se os reparos na Unidade Prisional Agente Luciano Andrade Lima ocorrem também em cumprimento à medida judicial. Com informações da Agência Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário