Os professores da Universidade Estadual de Montes Claros e os servidores do Hospital Universitário decidiram em assembleias realizadas na terça-feira que entrarão em greve por tempo indeterminado a partir do dia 2 de maio, conforme decisão que foi comunicada oficialmente ao reitor João dos Reis Canela e ao Governo do Estado, ontem de manhã. A principal justificativa é o descumprimento dos acordos celebrados, de inserir a gratificação nos salários e mesmo de reajustes dos pagamentos. Com a greve, as aulas na Unimontes serão suspensas, enquanto no Hospital, somente 30% do atendimento será assegurada a pacientes do SUS, para casos de risco de vida.
O presidente da Associação dos Docentes da Unimontes, Gilmar Ribeiro dos Santos explica que a greve foi uma medida radical diante da indefinição do Estado em sentar para negociar. Ele explica que a primeira pauta é o reajuste salarial, pois os professores estão desde 2011 sem qualquer correção dos vencimentos, pois o piso básico é de R$ 885,64, igual ao salário mínimo. Ele lembra que um professor da rede fundamental está ganhando mais do que o professor universitário. Também é pedida a incorporação de gratificações, como o pó de giz. Se na época foi uma conquista, agora compromete a remuneração dos professores.
A terceira pauta é a promoção dos professores aprovados no concurso, pois aproximadamente 120 professores foram empossados em níveis inferiores ao titulo apresentado na posse. 50% deles estavam na Lei 100 e isso provocou uma redução salarial. Por fim, que seja feita a nomeação dos aprovados, pois 80 deles estão com contratos temporários. O presidente Gilmar Ribeiro afirma que são 1.300 professores da Unimontes que compõem o corpo docente. A delegada do Sindicato dos Servidores da Saúde, Michele dos Santos, afirma que no Hospital Universitário a greve foi definida depois de reunir a classe, principalmente com o descumprimento do acordo realizado com a categoria, em março, da negociação para incorporar as gratificações nos salários.
(Fonte: Gazeta Norte Mineira)
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