Aracely de Paula se defendeu de acusações feitas
pelo MP (Foto: Maritza Borges/G1)
O prefeito, Aracely de Paula, convocou coletiva de imprensa nesta quinta-feira (28) para falar sobre uma investigação do Ministério Público (MP) que o acusa de improbidade administrativa. Ele confirmou o teor das conversas gravadas e divulgadas pelo MP, mas alegou que tudo se tratou de conversas políticas e que considera como normais. Informou que uma auditoria interna apurou irregularidades na secretaria administrada na época por José Domigos.
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) propôs nesta semana uma ação civil por improbidade administrativa contra o prefeito de Araxá, Aracely de Paula. De acordo com as informações repassadas pelo MP, o promotor Marcus Paulo Queiroz Macedo, entende o prefeito também participou do processo de corrupção ativa e passiva no esquema de compra e venda de apoio político na Câmara de Vereadores de Araxá.
Denúncia
A denúncia considera que o prefeito participou da eleição da mesa diretora da Câmara Municipal, fato que deflagrou a prisão dos vereadores afastados Carlos Alberto Ferreira, (PDT), José Domingos Vaz (PDT), José Maria Lemos Júnior (DEM), Marcílio Faria (PT) e os ex-vereadores Miguel Júnior, Amilton Marcos Moreira e Eustáquio Pereira, além de Francisco Fernando do Prado (primo do ex-vereador José Maria Lemos Júnior).
O advogado de Cachoeira, Daniel Rosa, informou que a defesa mantém as afirmações de que o vereador afastado jamais cometeu qualquer ato de improbidade administrativa. O advogado de Juninho da farmácia, Wislei Cill Farney, informou que ainda não foi comunicado oficialmente da ação. O advogado de Marcílio De Faria, José Gaudêncio Rocha da Cunha, também não quis se manifestar porque ainda não tomou conhecimento da ação. A produção do MGTV não conseguiu contato com advogados dos outros citados na ação.
Ainda segundo o MP, na ação o promotor descreve fatos em que o prefeito participava de chantagens contra um vereador para forçá-lo a votar no ex-vereador Miguel Júnior na campanha para a reeleição dele como presidente do Legislativo. Também é citado na ação o fato de o prefeito, mesmo ciente de possíveis condutas ilícitas praticadas pelo ex-vereador José Domingos, ter se omitido de determinar a apuração delas, devido a interesses pessoais.
Entenda o caso
As investigações de compra e venda de apoio político na Câmara para eleição e reeleição de Miguel Júnior à presidência da Casa tiveram início com a prisão temporária de três vereadores envolvidos no esquema de corrupção em Araxá. No decorrer das investigações, a Polícia Civil ouviu escutas telefônicas, que revelaram detalhes do caso. Os delegados concluíram que o presidente da Casa se reelegeu por meio de corrupção, além de ter confessado o pagamento de propina a políticos.
Em outubro do ano passado, sete políticos deAraxá foram indiciados no inquérito sobre a compra e venda de apoio político na Câmara Municipal. O anúncio foi feito pelos delegados responsáveis pelo caso, Cézar Felipe Colombari e Conrado Costa da Silva, no dia 23 de outubro.
Foram citados o Professor Cachoeira, José Domingos Vaz, Marcílio Faria, Sargento Amilton e Juninho da Farmácia, além do ex-presidente Miguel Júnior e Eustáquio Pereira. O delegado regional Cézar Felipe Colombari explicou a participação de cada um no esquema de corrupção.
Ainda de acordo com o delegado regional, o chefe do esquema era Miguel Júnior que foi indiciado por cinco vezes pelo crime de corrupção ativa. Cachoeira era o organizador, conforme o delegado. Ele disse que não restam dúvidas quando aos indiciamentos. “A Polícia Civil não têm dúvida e todo o trabalho de investigação foi feito sob fortes depoimentos e em afirmações do próprio líder e chefe da organização criminosa, o Miguel Júnior, baseado também em escutas telefônicas”, afirmou.
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