quinta-feira, 31 de julho de 2014

Cobrança de até R$ 400 por serviço “ruym” revolta Montes Claros - VEREADORES QUE FORAM FAVORÁVEIS À CRIAÇÃO DA TAXA DE LIXO



Enquanto a cidade convive com lixões a céu aberto, Muniz impõe cobrança de até R$ 400 por serviço não prestado à população
A chamada “taxa de coleta de resíduos sólidos”, na verdade taxa do lixo, que começou a ser cobrada pelo por enquanto prefeito, é uma afronta aos moradores de Montes Claros. Além de inconstitucional, é absurdamente desproporcional frente ao serviço de péssima qualidade prestado à população.
Como tudo que acontece na gestão de Muniz, com a cumplicidade dos vereadores que lhe dão sustentação na Câmara Municipal, essa taxa, embutida no projeto que aumentava em até 1000% o IPTU, foi aprovada na “calada da noite”, durante recesso parlamentar no final de 2013.
Graças à pressão popular o aumento do IPTU foi barrado, mas a taxa mantida, numa estratégia inescrupulosa do por enquanto prefeito para compensar a derrota do IPTU e fazer valer sua sanha arrecadadora. Foi uma armadilha na qual caíram, propositalmente ou não, os vereadores que lhes dizem amém. Nesse caso específico estão incluídos o vereador Eduardo Madureira e o ex-vereador Alfredo Ramos, que, embora oposicionistas, votaram a favor da taxa.
Os valores da taxa do lixo variam de R$ 178 a R$ 400. A chegada das guias nas residências gerou revolta geral. Não apenas pelos valores cobrados, mas também pela absoluta convicção de que a cobrança é indevida, pois o serviço de coleta é ineficiente na maior parte da cidade.
A rua Carbono, na Vila Brasília, é um dos inúmeros exemplos do desleixo implantado na cidade desde que ele assumiu a Prefeitura. O local se transformou num lixão a céu aberto. Mais uma comprovação de que a população está pagando por um serviço que não vem sendo prestado. Em alguns locais, o lixo fica até 15 dias sem ser recolhido.
Outro absurdo, constatado semana passada por alguém que visitava Montes Claros, foi ver caminhões de carroceria sendo utilizados na coleta, algo impensável nos dias de hoje, mas que ainda ocorre na Montes Claros governada por um aventureiro irresponsável. É por essas e outras que essa taxa é abusiva, além de ilegal.
Na cidade há o sentimento de que ninguém aguenta mais os desmandos e mazelas praticados por Muniz.
A inexplicável “Taxa da Raquel”
O valor abusivo terá que ser pago até o dia 12 de agosto, fato que aumenta ainda mais a revolta da população. Por incrível que pareça, nos dias que se sucederam à chegada das guias o serviço de coleta, normalmente já deficiente, piorou. Ruas ficaram com muito lixo acumulado nas portas das residências e nas lixeiras.
Por isso, ninguém entende a cobrança, que chegou para 65 mil estabelecimentos, entre residenciais e comerciais. Mais estranho ainda é que a sanha arrecadadora do por enquanto prefeito veio no momento em que sua mulher faz campanha a deputada federal, com o apoio dele, inclusive utilizando a Prefeitura para tentar elegê-la.
O que mais deixa os moradores revoltados é uma situação esdrúxula: muita gente que recebeu a guia de cobrança reclamou que o caminhão de lixo não passou justamente naquele dia, que deveria ser de coleta. Em tese, o serviço é feito em dias alternados da semana, dependendo da região da cidade. Em alguns bairros o caminhão só está passando uma vez na semana, quando passa.
Se a coleta atrasa, o próprio morador precisa recolher o lixo, para evitar que cães e cavalos rasguem as sacolas e espalhem os detritos, causando transtornos para os moradores. O Daqui visitou alguns pontos da cidade e pôde comprovar a fedentina de algumas vias e lotes vagos.
“Infelizmente estão cobrando a população por um serviço que eles não estão prestando”, reclama o comerciantes Ítalo Damasceno, morador no bairro Esplanada. Com a cobrança, a Prefeitura espera arrecadar R$ 11,5 milhões.

VEREADORES QUE FORAM FAVORÁVEIS À CRIAÇÃO DA TAXA DE LIXO
De acordo com a ata da reunião de 26 de dezembro de 2013, os vereadores que aprovaram a Lei 42 de 27/12/2013, que criou Taxa de Lixo em Montes Claros, foram:
Alfredo Ramos,
Eduardo Madureira,
Irmão Valdiney,
Sérgio Pereira,
Pastor Altemar,
Marly,
João Ferro,
Raimundo do INSS,
Diu Andrade,
Ildefonso da Saúde,
Dr. Valdivino
Ladislau
Fonte: Jornal Daqui

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