quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

DEFESA DE ALBERTO YOUSSEF 29/01/2015 Corrupção foi de políticos



A corrupção na Petrobras investigada pela Operação Lava Jato partiu de políticos e de dirigentes da própria estatal para servir a um projeto de poder do PT e de dois partidos da base aliada, o PP e o PMDB, e o doleiro Alberto Youssef tinha um papel acessório nesse processo.

Essa é a essência da defesa do doleiro, enviada ontem à Justiça Federal do Paraná pelo advogado Antonio Augusto Figueiredo Basto. Segundo Basto, a liderança dos esquemas de fraude era exercida por políticos e agentes públicos, e não pelo doleiro, ao contrário do que apontam procuradores, policiais e o juiz federal Sergio Moro.

"O Alberto nunca atuou para corromper. Ele nunca corrompeu o Paulo Roberto Costa. A corrupção veio de dentro da Petrobras", disse, referindo-se ao ex-diretor da estatal, que também foi preso e hoje está em prisão domiciliar após ter feito um acordo de delação premiada. "Eu não estou dizendo que o Alberto é anjo, mas ele só cuidava da última fase do processo, que é lavagem de dinheiro."

Segundo os depoimentos no âmbito da delação premiada de Costa e de Youssef, os três partidos ficavam com um percentual sobre o valor dos contratos com a estatal que variava de 1% a 3%. Para a defesa, o trabalho do doleiro dependia de um tripé formado pela Petrobras, políticos e empreiteiras e "tinha uma importância menor".

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