José Adilson Leite Fonseca, acusado de matar a esposa e tentar matar a sogra na última quarta-feira (21), foi preso pela polícia na manhã desta segunda-feira (26), em Montes Claros, Minas Gerais. Após a prisão, o delegado responsável pelo caso, Bruno Resende, em uma entrevista coletiva, contou que José Adilson confessou o crime, relatou como tudo aconteceu, e alegou legítima defesa.
“Ele confessa que havia uma briga pelo divórcio e patrimônio. Disse que tentaram atingir a tiros o carro onde ele estava, e, para se defender, desceu e atirou contra a esposa. A Terezinha [sogra de José Adilson], teria entrado na frente da filha para defendê-la, e acabou sendo atingida também. Ele confessou o crime e afirmou que não havia premeditação”, diz o delegado.
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Ainda segundo Bruno Resende, o taxista estava em um sítio na zona rural de Montes Claros desde a última sexta-feira (23). O delegado conta que Robson Silveira, advogado do acusado, procurou a polícia nesta segunda-feira (26).
“O advogado dele nos procurou nesta manhã, na intenção de apresentá-lo, e ele [José Adilson], com receio da gravidade dos fatos e de sofrer algum atentado, preferiu se apresentar”, ressalta.
Mesmo sendo dono de uma frota de carros, José Adilson estava utilizando um carro alugado no momento do crime. Ao delegado, ele teria dito que era uma maneira de se proteger das perseguições e ameaças que vinha sofrendo. “No momento do crime ele estava andando num carro alugado, o que reforça a ideia de que o crime teria sido premeditado”, defende o delegado.
José Adilson Leite Fonseca já tem passagens pela polícia. Segundo Bruno Resende, há duas semanas ele foi detido. “Ele foi preso há duas semanas pelo crime de ameaça, e foi solto mediante pagamento de fiança. Nesta situação, ele alegou que tanto a mulher quanto o filho o ameaçavam”, diz.
O delegado contou também que o acusado já tem um histórico de ameaças à esposa. “No processo de separação ele já havia ameaçado a vítima várias vezes, inclusive estava com medida preventiva decretada contra ele”, fala.
A polícia não descarta a hipótese do crime não ter sido passional, e sim por motivo de disputa de dinheiro. Segundo a polícia, há rumores de que José Adilson tenha um patrimônio de cerca de R$ 4 milhões, e que teria que ceder uma parte à esposa, em caso de divórcio.
Sobre o sobrinho do autor, que foi preso na quinta-feira (22), Bruno Resende diz que ele teve sua participação negada pelo acusado. “O José Adilson nega que o sobrinho tenha participado, mas há um reconhecimento formal pela vítima que sobreviveu. Até que a gente afaste isso, ele continuará preso e respondendo pelos crimes”, afirma.
José Adilson Leite Fonseca será indiciado por porte ilegal de armas, homicídio qualificado e tentativa de homícidio. As penas somadas podem chegar a 30 anos de prisão. Ele será encaminhado ao presídio de Januária, provavelmente, ainda nesta segunda-feira (26), uma vez que o presídio de Montes Claros está interditado, devido à superlotação.
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