Não promete ser fácil a travessia do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Ela tomou um chá de sumiço desde o discurso da posse, há quase um mês. Sumiço estratégico, porque enfrenta a fase mais aguda da usina de más notícias em que o governo momentaneamente parece ter se transformado. O noticiário tem sido dominado por anúncios de medidas como a redução de benefícios trabalhistas e previdenciários, aumento de impostos, combustíveis e dos custos dos financiamentos bancários, além do corte generalizado de gastos e o veto à correção da tabela do Imposto de Renda. São decisões que terão em breve reflexos na inflação, no que só potencializa o mau-humor geral.
Anúncios que vão em direção oposta ao discurso de campanha, mas que fazem a festa do tal mercado financeiro – já bastante animado desde o convite para Joaquim Levy deixasse seus afazeres no Bradesco para ocupar o Ministério da Fazenda. O que é bom para os tais mercado não é promessa de chuva para a população, chamada outra vez a pagar à conta, em especial a classe média, dos juros que o governo paga – aos bancos, em especial – para se financiar. Quem tiver paciência e discernimento pode conferir isso nos lucros de tesouraria que os bancos anunciarão daqui a alguns dias. Seria algo como o velho ‘siga o dinheiro’, para mostrar quem ganha [muito] e quem dança na ciranda das finanças nacionais.
De volta à crise: amontoam-se sobre a mesa da presidente uma série de desafios como há muito não se via, a prometer a tal tempestade perfeita que, desde agora, dá de barato que 2015 será outro ano perdido para o país. Até a natureza parece contribuir com a conjuntura que tira o sono presidencial, com a ameaça de racionamento de água e energia a partir do meio do ano em boa parte do país. Além do ainda não dimensionado drama para a vida das pessoas, esse cenário sombrio tem potencial para jogar a economia em recessão.
Tudo isso já seria cardápio incomparável de problemas, mas não é só: há ainda os desdobramentos da Operação Lava a Jato, que pode levar o setor da construção civil e naval à bancarrota, com origem e motivo nos desmandos da Petrobras, que sangra energia, em sentidos figurado e literal, e a credibilidade do governo e país aqui e lá fora.
Nem mesmo a seara da política é propícia à presidente, de onde sempre se espera pudessem vir os apoios necessário para cruzar os mares revoltos da atual crise e indicativos de soluções para a crise. O governo está paralisado nesse campo à espera da eleição para as presidências da Câmara e do Senado, daqui a uma semana. O PT escalou Arlindo Chinaglia para enfrentar Eduardo Campos, do PMDB. Seja lá qual for o resultado dessa disputa, em que Campos é majoritariamente favorito, vão restar sequelas para o governo administrar.
De volta às medidas impopulares, o aumento dos juros para o financiamento da casa própria e do financiamento ao consumo, somadas à tunga em direitos trabalhistas e previdenciários, indispõe a presidente junto à opinião pública. Mesmo o governista mais convicto fica sem argumento diante da saraivada de más notícias frontalmente contrárias ao país do sonho que o marqueteiro João Santana apresentou outro dia mesmo no horário eleitoral.
Não só não defendem como aderem de mala e cuia ao coro dos descontentes, no que só contribui para o isolamento de Dona Presidenta. O PT anda incomodado com o que lê nos jornais. Os chutes na canela começaram com a incômoda entrevista da ex-ministra Marta Suplicy, há duas semanas. Ministra de Dilma, diga-se de passagem, que, para resumir, insinuou que sua ex-chefe não está prepara para administrar o país. Na última terça-feira, a Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT, fez críticas às medidas anunciadas pelo ministro Joaquim Levy, um dia antes. O boletim diz que os ajustes propostos pela equipe econômica para estimular o crescimento da economia embutem risco “não desprezível” para aprofundar as “tendências recessivas” da economia.
Risco de recessão
Anúncios que vão em direção oposta ao discurso de campanha, mas que fazem a festa do tal mercado financeiro – já bastante animado desde o convite para Joaquim Levy deixasse seus afazeres no Bradesco para ocupar o Ministério da Fazenda. O que é bom para os tais mercado não é promessa de chuva para a população, chamada outra vez a pagar à conta, em especial a classe média, dos juros que o governo paga – aos bancos, em especial – para se financiar. Quem tiver paciência e discernimento pode conferir isso nos lucros de tesouraria que os bancos anunciarão daqui a alguns dias. Seria algo como o velho ‘siga o dinheiro’, para mostrar quem ganha [muito] e quem dança na ciranda das finanças nacionais.
De volta à crise: amontoam-se sobre a mesa da presidente uma série de desafios como há muito não se via, a prometer a tal tempestade perfeita que, desde agora, dá de barato que 2015 será outro ano perdido para o país. Até a natureza parece contribuir com a conjuntura que tira o sono presidencial, com a ameaça de racionamento de água e energia a partir do meio do ano em boa parte do país. Além do ainda não dimensionado drama para a vida das pessoas, esse cenário sombrio tem potencial para jogar a economia em recessão.
Tudo isso já seria cardápio incomparável de problemas, mas não é só: há ainda os desdobramentos da Operação Lava a Jato, que pode levar o setor da construção civil e naval à bancarrota, com origem e motivo nos desmandos da Petrobras, que sangra energia, em sentidos figurado e literal, e a credibilidade do governo e país aqui e lá fora.
Nem mesmo a seara da política é propícia à presidente, de onde sempre se espera pudessem vir os apoios necessário para cruzar os mares revoltos da atual crise e indicativos de soluções para a crise. O governo está paralisado nesse campo à espera da eleição para as presidências da Câmara e do Senado, daqui a uma semana. O PT escalou Arlindo Chinaglia para enfrentar Eduardo Campos, do PMDB. Seja lá qual for o resultado dessa disputa, em que Campos é majoritariamente favorito, vão restar sequelas para o governo administrar.
De volta às medidas impopulares, o aumento dos juros para o financiamento da casa própria e do financiamento ao consumo, somadas à tunga em direitos trabalhistas e previdenciários, indispõe a presidente junto à opinião pública. Mesmo o governista mais convicto fica sem argumento diante da saraivada de más notícias frontalmente contrárias ao país do sonho que o marqueteiro João Santana apresentou outro dia mesmo no horário eleitoral.
Não só não defendem como aderem de mala e cuia ao coro dos descontentes, no que só contribui para o isolamento de Dona Presidenta. O PT anda incomodado com o que lê nos jornais. Os chutes na canela começaram com a incômoda entrevista da ex-ministra Marta Suplicy, há duas semanas. Ministra de Dilma, diga-se de passagem, que, para resumir, insinuou que sua ex-chefe não está prepara para administrar o país. Na última terça-feira, a Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT, fez críticas às medidas anunciadas pelo ministro Joaquim Levy, um dia antes. O boletim diz que os ajustes propostos pela equipe econômica para estimular o crescimento da economia embutem risco “não desprezível” para aprofundar as “tendências recessivas” da economia.
Risco de recessão
Nenhum comentário:
Postar um comentário