Com informações da Agência Brasil
A usina de biodiesel da Petrobras Biocombustível, em Montes Claros, no Norte de Minas, deve triplicar a capacidade de processamento do sebo bovino, que passará de 50 mil para 158 mil toneladas por ano. Com a ampliação, o óleo refinado a partir do sebo bovino representará 35% no mix de matéria prima utilizada na produção do Biodiesel 100 (B-100), índice máximo permitido nas especificações do combustível.
O governo federal parece buscar, com a medida, uma mudança no uso inicialmente previsto para a Usina de Biodiesel Darcy Ribeiro, considerada um 'elefante branco' por especialistas do setor. É que, além da localização ser considerada distante de centro consumidores, a escolha por Montes Claros teria sido política e não técnico-econômica. Inaugurada pelo então presidente Lula, em abril de 2009, a processadora deveria ser alimentada pela produção da mamona por meio da agricultura familiar no semiárido, atividade que ainda não deslanchou no entorno de Montes Claros.
A usina custou R$ 100 milhões de reais. O caso da usina Darcy Ribeiro mostra o fracasso do programa nacional do biodiesel patrocinado pelos governos Lula. A utilização do sebo para a produção do produto é complementar, boa parte do biodiesel produzido no país utiliza a soja como matéria prima. A mudança na vocação da usina pela Petrobras pode ser ainda outra aposta errada do governo, já que os rebanhos do Norte de Minas tiveram forte redução com a estiagem dos últimos três anos.
O sebo bovino, quase sempre produzido por grandes frigoríficos, é a segunda principal fonte do produto considerado ambientalmente correto. O problema é que atividade de abate passa por longa e grave crise na região, com o sucessivo fechamento dos frigoríficos. Agora mesmo, há uma forte migração do rebanho em direção a outras regiões do país, em movimento dos pecuaristas para aproveitar o alto preço pago pelo boi e evitar perdas futuras em caso de agravamento da seca na região. De todo modo, é alternativa correta diante da opção pelo fechamento puro e simples da cara unidade da Petrobras em Montes Claros.
O sebo bovino, quase sempre produzido por grandes frigoríficos, é a segunda principal fonte do produto considerado ambientalmente correto. O problema é que atividade de abate passa por longa e grave crise na região, com o sucessivo fechamento dos frigoríficos. Agora mesmo, há uma forte migração do rebanho em direção a outras regiões do país, em movimento dos pecuaristas para aproveitar o alto preço pago pelo boi e evitar perdas futuras em caso de agravamento da seca na região. De todo modo, é alternativa correta diante da opção pelo fechamento puro e simples da cara unidade da Petrobras em Montes Claros.
De acordo com informações da empresa, a construção da nova unidade de refino físico será iniciada em fevereiro e entregue em outubro. A gordura animal utilizada no processo também gerará sebo refinado e ácido graxo, coprodutos de grande valor comercial.
Na avaliação da Petrobras, se comparado ao biodiesel vegetal, o de gordura animal é mais vantajoso e, por isso, ganha cada vez mais espaço como opção de matéria-prima. “O maior grau de cetano garante melhor ignição do combustível e tem influência direta na partida e no funcionamento do motor”.
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