12 ABRIL 2013
Polícia Federal vota a prender grupo acusado de desvio de verbas públicas no Norte de Minas Gerais
###Desvios teriam acontecido em Bonito de Minas em ação de quadrilha suspeita de atuar em 40 municípios do norte-mineiro
A quinta-feira (11) foi de suspense entre os políticos do Norte de Minas. Logo pela manhã começou a circular a notícia de que a Polícia Federal estaria em campo para nova operação de combate a crimes em prefeituras da região. Desta vez o boato era verdadeiro. Em da Operação Máscara da Sanidade, a Delegacia de Polícia Federal em Montes Claros cumpriu mandados de prisão expedidos pela Justiça Estadual de Januária, contra o empresário Evandro Leite Garcia e sua esposa Maria das Graças Gonçalves Garcia, donos da Construtora Radier e Norte Vale, além de Elisângela Pereira da Fonseca, José Wellington Gonçalves Dias (o pregoeiro da Prefeitura de Bonito de Minas) e Ernani Viana de Souza.
Conforme narra a denúncia já recebida pela Justiça Estadual, eles são acusados dos crimes de formação de quadrilha, fraude em licitações, peculato-desvio de verbas públicas da educação e lavagem de dinheiro, por fatos praticados no município de Bonito de Minas. Segundo a acusação, o núcleo empresarial da organização criminosa é formado pelo empresários Evandro, Maria das Graças e Elisângela, que teriam se associado ao funcionário pelo setor de licitações do município, José Wellington, e ao irmão do ex-prefeito de Bonito de Minas Ernani Viana, para o cometimento em série de crimes graves.
Presos durante nove meses e meio de prisão, os haviam sido soltos, no último sábado (06) pela via excepcional do plantão de fim-de-semana, em decisão liminar de Desembargador do Tribunal de Justiça, relativamente ao processo criminal, que tramita na Comarca de Bocaiúva por crimes semelhantes. Eles são acusados de levar o esquema fraudulento a mais de 40 municípios norte-mineiros, causando um prejuízo estimado de R$ 100 milhões aos cofres públicos.
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ResponderExcluirEntenda o caso:
ResponderExcluirNuma quinta-feira (21/04/2012), a Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público de Minas Gerais, deflagrou a Operação Máscara da Sanidade, quando foram cumpridos 55 mandados de busca e apreensão (16 pessoas físicas e 39 pessoas jurídicas, incluindo 36 prefeituras municipais), 49 mandados de sequestro de valores, bens móveis e imóveis, e 16 mandados de prisão temporária.
As investigações tiveram por finalidade, na ocasião, apurar a suposta prática de crimes contra a administração pública, formação de quadrilha, falsidade ideológica, lavagem de capitais, dentre outros crimes.
A Ministério Publicou apurou que as empresas envolvidas venceram licitações com suspeitas de fraude em 36 municípios norte-mineiros. O esquema é acusado de desvio na execução do objeto e/ou emissão de notas fiscais sem a correspondente prestação dos serviços, uma vez que as obras eram executadas com recursos próprios do município.
As apurações apontaram o envolvimento de empresas, pessoas físicas e servidores públicos que atuavam, articuladamente, de modo a fraudar processos licitatórios, direcionando as contratações de obras públicas às empresas integrantes da organização criminosa possibilitando, assim, o êxito em desviar e se apropriar dos recursos públicos.
Além das prisões, naquela oportunidade, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em empresas pertencentes à organização criminosa, além das sedes das prefeituras de Bocaiúva, Bonito de Minas, Brasília de Minas, Campo Azul, Capelinha, Capitão Enéas, Claro dos Poções, Cônego Marinho, Coração de Jesus, Engenheiro Navarro, Francisco Sá, Glaucilândia, Guaraciama, Indaiabira, Itamarandiba, Januária, Joaquim Felício, Josenópolis, Manga, Mato Verde, Olhos D’água, Padre Carvalho, Pai Pedro, Patis, Pedras de Maria da Cruz, Pirapora, Porteirinha, Salinas, Santa Cruz de Salinas, Santo Antônio do Retiro, São Francisco, São João da Ponte, São João das Missões, Taiobeiras, Ubaí e Varzelândia, todas no Norte de Minas.