quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Qual é o limite? - Manga rompeu, pela primeira vez, a barreira dos mil servidores na folha de pagamento

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Prefeitura de Manga vista do alto: estrutura ficou pequena para abrigar os mais de mil servidores públicos
A Prefeitura de Manga rompeu, pela primeira vez em 90 anos da emancipação do município, a barreira dos 1.000 servidores em sua folha de pagamento. Segundo informações enviadas ao promotor de Justiça Paulo Márcio da Silva, do Ministério Público Regional em Montes Claros, a folha salarial do município tinha, até o mês de abril, 1.034 nomes.
O município sempre foi o maior empregador local, em razão da falta de indústrias e empreendimentos de porte na área do agronegócios. A Prefeitura sempre recebeu forte pressão pela criação de vagas e a questão parece ser a de saber se não se rompeu agora um limite perigoso, que possa comprometer, em médio prazo, as contas públicas em plano local. 
A maior parcela é de servidores efetivos (640), nomeados via concurso ou por antiguidade. Em seguida está a categoria dos contratados (329), acompanhada pelas nomeações para cargos comissionados (57) e agentes políticos (8). Esta última rubrica, a de agentes políticos, inclui o prefeito Anastácio Guedes (PT), o vice Eliel Seixas Dourados e os secretários municipais. 
O maior salário do município nem chega a ser o do prefeito, atualmente em R$ 15 (sem os descontos do imposto de renda e INSS) ou o do vice, Eliel Seixas, R$ 8.500 brutos. Os maiores salários são pagos aos médicos que prestam serviço para a Secretaria de Saúde, cujos valores variam entre R$ 15 e R$ 35 mil. Este Em Tempo Real não teve acesso ao valor da folha salarial do município, mas há indicação de que ela estaria perto de atingir R$ 1 milhão mensais. 
O prefeito Anastácio Guedes anunciou na semana passada sua intenção de realizar novo concurso público, em substituição ao processo seletivo realizado pela administração anterior no final do ano passado, que teria sido marcado por falhas durante a fase de levantamento das necessidades de ajuste no quadro de pessoal.

Anastácio já teria determinado aos seus auxiliares a elaboração de estudo que apontasse a real necessidade de pessoal na estrutura da administração. 
O novo concurso, ainda sem data definida para lançamento do edital, tem o propósito de reduzir o número de servidores com contratos de trabalho temporário – o que necessariamente não reduz o tamanho da folha.

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