quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Secretários do Nordeste pedem padronização na contagem de crimes violentos


30/08/2017 18:20 
Secretários do Nordeste pedem padronização na contagem de crimes violentos
Os secretários da Segurança Pública da região Nordeste, através do Conselho de Segurança Pública do Nordeste (Consene), enviaram na manhã desta quarta-feira (30), uma carta para a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) pedindo para estabelecer uma única metodologia para todos os estados brasileiros na contagem de Crime Violento Letal Intencional (CVLI). Nos últimos anos, a SSP contesta o ranking divulgado pelo Mapa da Violência e afirma que não pode existir comparação entre estados que contabilizam todos os casos de homicídios, com federações que utilizam o subterfúgio 'mortes a esclarecer' com o objetivo de reduzir seus índices.  “Todos os anos somos bombardeados com pesquisas que colocam estados e cidades nordestinas como as mais violentas do país e do mundo. É uma inverdade que prejudica a nossa região em todos os sentidos”, destacou o presidente do Consene e secretário da Segurança Pública da Bahia, Maurício Teles Barbosa. Barbosa afirmou que recentemente enviou um pedido de explicações ao Fórum Brasileiro de Segurança Pública criticando os rankings promovidos nas pesquisas. A organização enviou nota dizendo que “mesmo com a criação do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, o Ministério da Justiça não logrou êxito em coordenar esforços metodológicos de classificação de ocorrências e o referido sistema hoje não apresenta dados confiáveis”. O secretário explicou que a resposta resume tudo o que os secretários do Nordeste sempre enfatizaram. "As mortes violentas no Brasil são um problema que precisa ser encarado de frente. Não adiante diminuir, mascarar colocando outra nomenclatura”, afirmou.  André Santos Costa, secretário da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará, concordou com Barbosa e afirmou que os Estados do Nordeste são penalizados pela transparência, "por trabalharmos com dados reais". Para ele, a divulgação dessas pesquisas prejudica o desenvolvimento dos estados, atrapalha a parte de investimentos e o turismo.

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