A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF), na última sexta-feira (24), que autorize a realização de operações policiais dentro das universidades para apurar irregularidades eleitorais. Mas não por uma questão de segurança. O objetivo da medida é coibir um "viés ideológico" de professores em ambientes públicos.
Segundo informações do blog de Andréia Sadi, no G1, a justificativa foi dada pelo advogado-geral André Mendonça. "Professores precisam ter um comportamento imparcial, tem assunto polêmico, é natural que se debata. Agora, o que não pode haver é uso de professor sendo tendencioso. Seja professor de direita ou de esquerda, que não atue como militante, sem carga ideológica", defendeu Mendonça.
Para ele, não se trata de violar liberdades ou estimular a censura, mas sim fomentar o debate sem militância no espaço público.
O caso ainda não tem data para ser julgado no STF, mas está sob relatoria da ministra Cármen Lúcia.
De acordo com a publicação, a intervenção da AGU ocorre dentro de uma ação apresentada antes do segundo turno da eleição, no ano passado, pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Ela pediu a suspensão de operações depois que pelo menos nove estados brasileiros relataram ter sido alvos de ações para averiguar denúncias de campanhas político-partidárias dentro dos estabelecimentos. Na época, a ministra Cármen Lúcia suspendeu as operações e, em seguida, a Corte referendou sua decisão por unanimidade.
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