sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Caixa aumenta taxas do financiamento para compra da casa própria com recurso da poupança


Um balde de gelo no setor imobiliário, que ainda não conseguiu assimilar direito a reversão de forte alta nos preços dos imóveis ao longo da última década. A Caixa Econômica Federal divulgou nesta quinta-feira (15) novas taxas para financiamentos imobiliários com juros da poupança. Foi o último banco a reajustar as lina de financiamento imobiliário, mas a decisão tem forte impacto no mercado porque a instituição é dona de cerca de 70% do crédito para o setor, o que inclui empréstimos às pessoas físicas e para empresas, o chamado crédito à produção.
O ajuste nos juros para operações contratadas por meio do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) passa a valer a partir da próxima segunda-feira (19). A justificativa foi o aumento na taxa Selic (juros básicos da economia), que subiu nos últimos meses e está em 11,75% ao ano.

O governo deixa a conta da aquisição da casa própria bem mais salgada para a classe média, mas mantém os subsídios, inclusive via juros para os financiamentos habitacionais contratados com recursos do Programa “Minha Casa Minha Vida” e do FGTS, que não serão corrigidos. Pelo menos por enquanto.
De acordo com a Caixa, os mutuários que já assinaram contrato não terão mudança. No Sistema Financeiro Habitacional (SFH), apenas a taxa para quem não é correntista da Caixa não mudou, sendo mantida em 9,15% ao ano. Para os correntistas do banco, os juros subirão de 8,75% para 9% ao ano. Os mutuários com conta na Caixa e que recebem salário por meio do banco passarão a pagar 8,7% ao ano de juros, em vez de 8,25% ao ano.
O SFH financia até 90% de imóveis de até R$ 650 mil. Em São Paulo, no Rio de Janeiro, Distrito Federal e em Minas Gerais, o valor máximo de avaliação do imóvel corresponde a R$ 750 mil. As linhas do SFH tem custo efetivo máximo limitado a 12% ao ano. O custo efetivo máximo engloba juros e impostos sobre a linha de crédito, mas exclui gastos com seguros e taxas de administração.
Aumento maior para o SFI

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