sábado, 17 de janeiro de 2015

Queda do petróleo e corrupção aumentam incerteza sobre o Brasil, diz Agência Internacional de Energia - Em relatório, entidade acrescenta que alto endividamento da Petrobras limita capacidade de investimento no pré-sal


"Enorme dívida da Petrobras limitará a disponibilidade de investimento para o contínuo desenvolvimento dos campos do pré-sal", diz AIE
"Enorme dívida da Petrobras limitará a disponibilidade de investimento para o contínuo desenvolvimento dos campos do pré-sal", diz AIE (Joe Raedle/Getty Images/VEJA)
A queda do preço do petróleo e os problemas associados ao escândalo de corrupção da Petrobras deixam o futuro econômico do Brasil incerto. O raciocínio consta em relatório divulgado pela Agência Internacional de Energia (AIE), que se soma a outros organismos internacionais que lançam dúvidas sobre o futuro da produção de petróleo no país. 
No primeiro relatório de 2015 sobre o mercado global de petróleo, a AIE destacou que o caso que levou executivos da Petrobras e várias empreiteiras para a cadeia levanta dúvidas sobre o desenvolvimento de projetos para extração de petróleo no país. Além de eventual impacto da investigação na empresa, a agência nota que a estatal tem dívida muito elevada, o que reduz o fôlego financeiro da Petrobras. 
"Ainda que grande parte da produção do Brasil seja lucrativa com o barril em torno de 50 dólares, a enorme dívida da Petrobras limitará a disponibilidade de investimento para o contínuo desenvolvimento dos campos do pré-sal", diz o documento.
Opep - Na quinta-feira, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) fez um prognóstico semelhante. Para a entidade, a Petrobras deverá reduzir o investimento nos próximos meses, o que pode amenizar a tendência de aumento da extração de petróleo a partir do segundo semestre de 2015.
"Projetos futuros podem estar em risco. É esperado que a companhia corte o Capex (investimento) este ano, o que pode amenizar o crescimento a partir do segundo semestre de 2015", disse a Opep, sem qualquer menção ao endividamento da companhia ou à corrupção.
(Com Estadão Conteúdo

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